terça-feira, 30 de dezembro de 2014

The Third Day

Desde criança que o terceiro dia me persegue. Quando estava na neve, o terceiro dia significava dores no corpo todo, mais caídas que no resto da semana toda junta, e talvez um tendão aberto ou uma costela rachada. Mas uma vez sobrevivido, já era seguro que estava safa. O terceiro dia de trabalho da semana é o que mais me custa... O terceiro exame seguido era a desgraça. O terceiro dia numa surf trip quase que jà não me levantava. O terceiro dia de acampamento....

Acordamos ás 6am, depois de vários dias a acordar ás 7.30, com duas crianças, extremamente mal dispostas, uma a choramingar e a outra a testar todos os limites. Eu com dores de corpo e mau humor. Mais frio que o desejado e seguimos para a praia, vestidos de camisolas e calças, com tudo encoberto. O Pedro foi surfar, e eu fiquei com as crianças que por essa altura estavam melhores, o D apenas empurrava o T em vez de lhe espetar areia pela boca adentro. 

Encontramos a Joana e o Pedro e ficamos mais 1 hora por ali á conversa. Resultado, escaldões e insolações. O céu abre, um calor de ananases, ninguém consegue dormir a sesta. Os miudos cada vez mais insuportáveis. Um com conjuntivite a piorar, eu a bafar a cada dois passos sem fôlego. À tarde vamos fazer um trekking, o D sempre meio quilometro atrás a resmungar com qualquer coisa. Nós já perdemos a voz de o chamar vezes e vezes sem conta. Ninguém come nada o dia todo, ta calor demais, anda tudo mal disposto. Os miúdos tomam um banho mal amanhado e eu sonho com o meu mais tarde.

Rule number one of camping - if you find the perfect shower, stick to it till the very last day!

Eu achei por bem ir experimentar outro qualquer visto as facilities estarem toda vazias. NEVE.EVER.DOING IT AGAIN! O meu dia terminou com um duche onde a água pingava em vez de escorrer, e era pseudo-morna fria em vez de quente. 

Fechei os olhos e sonhei com o dia de amanhã...