Este fim de semana passado teve alguns luxos pouco comuns.
Para começar, no sábado tivemos o concerto do John Mayer no Sydney Entertainment center.
Visto não haver muitos meios práticos de transportes publicos que nos levassem àquela zona, apanhamos um autocarro até Hyde Park e fomos a andar os restantes 1200m pelas ruas de Chinatown. Esta parece ser a zona onde todos os habitantes de Sydney se deslocam depois do trabalho, já que a maioria dos outros bairros estão praticamente vazios a estas horas. Pelo meio, ainda passámos por uma pequena feira oriental/Budista que se passava em Darling Harbour.
Quanto ao concerto, foi espectacular. Antes de mais, o curioso de se ver tanto gente kitada como se fossem para um casamento, como outras o mais normal possivel, em roupa de fim de semana. O SEC é um pavilhão dos anos 80 (ve-se pela decoração interior), mas mais que confortável e actual. Dentro da sala de espectáculos cabem lá 8000 pessoas em bancadas e no "campo". A grande vantagem de não ser enorme é conseguir distinguir quem está no palco.
Tivemos um pouco de azar com os lugares que nos foram atribuidos já que ficamos na fila a frente de um grupo de miúdas de 13 anos histéricas. A cada musica que começava, berravam e guinchavam o mais alto que podiam, largando uns tantos "I love you, John Mayer" e "He's so sexy" pelo meio.
Á parte de histerismos, o concerto em si foi optimo. O homem sabe cantar, e muito bem. Pelo meio ainda conversava com o publico e soltava umas piadas engraçadas. O pavilhão estava cheio, e o publico acompanhava as musicas mais conhecidas, o que deu numa óptima experiência de concerto.
No dia seguinte, infelizmente a Mariana teve de ficar em casa a trabalhar para a Uni, enquanto fomos convidados para ir tomar o pequeno-almoço a casa do Tym e da Celine, visto ser o dia de anos dela. Tive de deixar a Mariana em casa só a cheirar os croissants que levei para lá. O pequeno almoço foi assim sumptuoso: a Celine tinha feito crepes, eu tinha trazido os croissants, e um amigo deles decidiu fazer papdums (que normalmente se come no Indiano), com maple syrup, bananas e uvas. Ficamos a encher o bucho durante umas horas até ao meio-dia, hora a que decidimos descer a Maroubra para uma surfada.
Visto não haver vento, estavam umas linhas perfeitas, com ondas até metro e meio com um senão: estavam com bastante buraco, e a partir relativamente perto de terra, o que parecia um pouco assustador.
Lá entrámos os 3 para ver o que conseguiamos fazer. Após uns minutos de estudo, decidi fazer-me a uma onda. Consegui apanha-la, cortar a 1000, e sair antes de ser atirado para a areia. E depois uma segunda, e depois uma terceira, tudo em menos de 20 minutos. Tanto a Celine como o Tym tentavam apanhar as ondas, mas com as shortboards, tinham de as apanhar mais tarde, que tornava tudo muito mais dificil. Ainda fiquei dentro de água mais 1h30 com o Tym, a apanhar ondas atrás de onda, enquanto ele, coitado de vez em quando remava para uma para ser rolado violentamente pela onda.
Acabei a sessão a achar que foi este o mar para que a minha prancha foi desenhada, e sai com um sorriso de orelha a orelha!
Acabado o surf, fui a casa ter com a Mariana, que estava a beira de uma depressão depois de passar tantos dias a trabalhar. Fomos dar um passeio a Bondi ao fim da tarde para beber um smoothie e relaxar um pouco.
Foi dos poucos fins de semana que passamos separados, o que não é muito bom, e claramente eu acabei com um balanço melhor que o da Mariana, apesar de ser sempre muito melhor partilhar estes momentos com ela.