A doca dos pescadores roubou 112 hectares ao mar e foi construída para albergar casinos, atracções, hotéis, lojas e restaurantes. É um enorme parque temático que faz lembrar Las Vegas (nunca lá fomos mas pelas descrições confere), cheio de edifícios italianos, gregos, egípcios, portugueses, holandeses, etc Estivemos por aqui um bocado a tentar apanhar qualquer bocado de sombra que surgisse e a tentar decifrar o porquê de um espaço tão excêntrico no meio de Macau.
Dalí seguimos para o jardim das artes. Este jardim contém jardins florais, fontes e estatuária, estende-se ao longo da Avenida da Amizade, dividindo o Jardim Ho Yin e o Jardim Dr. Carlos. Aqui paramos um bocado e depois seguimos pela Avenida da Amizade para o centro historico.Pelo caminho passamos pelo hotel Lisboa e o Casino Grand Lisboa. O edificio em forma de lotus é absolutamente horroroso mas vale mesmo a pena ir ver. Quando entramos lá dentro nem queríamos acreditar nas milhares de pessoas que lá estavam, à 1 da tarde, gambling! Atravessamos aquela multidão de gente e fomos procurar uma pastelaria chamada "Caravela" que estava bem conceituada no lonely Planet. A ideia era conseguirmos para com uns locais da comunidade Portuguesa e ainda aproveitar para comer uns folhados de salsicha.
As pessoas que encontramos desta comunidade foram a maior desilusão. Antipáticas, de nariz empinado e claramente mal com a vida. Os únicos sorrisos que eram sacados eram quando viam outro português qualquer da comunidade a passar. Um decepção. De qualquer das maneiras desforramo-nos nuns folhados com chouriço e numas tostas mistas que eram de se chorar por mais!Apartir daqui entramos no centro histórico. Ruas estreitas, praças e largos com calçada Portuguesa, edifícios tradicionais, igrejas, casas, fortes, etc tudo lembra cidades Portuguesas. O ambiente é óptimo, o comercio apelativo cheio de frutarias, carpintarias, venda de pasteis de natas, tiras de carne seca, sumos, etc.
Percorremos algumas ruas até chegar as famosas ruínas de S.Paulo com uma imponente fachada de granito e a escadaria monumental de 68 degraus.
Visitamos a cripta, subimos para a fortaleza do monte, percorremos o forte, descemos umas enormes escadas e perdemo-nos. Fim da tarde, o sol a por-se e nós perdidos no meio de Macau, em ruas com prédios já antigos, não com muito bom aspecto e muitos cães por toda a parte. À terceira pessoa abordada lá nos situamos e seguimos pelo cemitério de S. Miguel Arcanjo e chegamos á Tap Seac Square. Aqui estava a haver uma feira de artesanato e foi aqui a nossa ultima paragem. Depois voltamos a perdermo-nos e andamos andamos e andamos durante horas.
Eventualmente encontramos o caminho de volta para o cais, e já de noite despedimo-nos da Andreia e da Gabriela que fora óptima companhia, e metemo-nos no ferry de volta a Hong Kong com mais uns carimbos no passaporte.Macau apesar de pequeno, foi onde nos divertimos mais. É muito engraçado ver coisas tão portuguesas tão longe do nosso país. Talvez por isso tenhamos achado que tinha mais carácter que Hong Kong. Por outro lado... a ilha de Hong Kong tem áreas mais rurais e menos habitadas que gostávamos de ter conhecido e não conseguimos, o que faz da ilha mais completa.