domingo, 4 de janeiro de 2015

Holidays gone too fast

Os últimos 4 dias passaram rápido demais. Estou a escrever já em casa, no computador, já sem as camadas de creme que se acumulavam na pele dia apôs dia, e a terra nos pés que até podia parecer bronze, mas não era. A casa está em silencio e os rapazes na cama.... e enquanto passo finalmente as fotografias para esta máquina, tenho tempo de relembrar estes últimos dias que foram tão mas tão bons...

A passagem de ano foi pacifica. O camping enche-se de grupo de miúdos com lanternas e há fogo de artificio de todos os cantos desta peninsula. Os primeiros foram às 8.30pm, onde os mais novos ainda foram ver, e os últimos à meia noite, onde apesar de ter acordado brevemente, apenas abri os olhos para confirmar que era meia noite.

No dia seguinte muita gente levantou acampamento e seguiu de volta para casa. O camping ficou meio vazio, e a praia estava..... um paraíso.... O Pedro surrou ondas incríveis, a água estava fria mas transparente, turquesa e limpa, o areal vazio mas sempre acolhedor. Ninguém saiu de dentro de água, e eu vou ficar para sempre na memória (ou assim espero) com momentos deste dia.

Nos dias seguintes fomos explorar novas praias e novos trekings ali à volta. Num dia fomos ate Cunjurong Point. Quando chegámos a maré estava vazia e havia imensas piscinas naturais entre as rochas, fundas, cheias de peixes e água morna... os miúdos adoraram trepar la para dentro e o D fartou-se de nadar, já que não tinha pé. Além disso, a panorâmica para o Point é espetacular, visto que apenas é acessível em maré vazia.

Outro dia fomos explorar uma parte do national parque e fomos aterrar em praias completamente desertas, onde de vez em quando passavam uma ou outra família, a pé ou de bicicleta. Com tempo faço um mapa onde aponto tudo o que fizemos em cada ponto.

No dia 3 despedimo-nos do camping e voltámos calmamente para Sydney. Fizemos um tour turistico por Wollongong, uma cidade ainda um bocado industrial, e ainda almoçámos em Austinmer perto do Royal National Park. Às 7 da tarde estávamos a chegar a casa, dar banhos e por tudo a dormir.
As férias acabaram com um dia de piscina no domingo, em casa dos queridos Joana e João, onde estivemos tranquilos, sem passeios ou miúdos às costas. Nadámos, descansámos, conversámos, e os miúdos dormiram à sombra. O fim perfeito para estas férias que tiveram tanto de muito bom como de cansativo!

Acampar com miúdos pequenos não é peanuts. Tanto podem estar energéticos e felizes durante 5 dias, como podem acordar 2 dias seguidos de mau humor e a choramingas 2 ou 3 horas seguidas. Andar com eles às costas é sempre cansativo, e grávida ainda mais. A hora dos banhos é tramada porque as casas de banho não são muito limpas e tomamos banho dois a dois com eles ao colo. Os cozinhados não serem os mesmos de casa também influencia a alteração de humores. Mas a verdade é que não teríamos feito nada diferente. 

Foi ESPETACULAR, e o truque é mesmo atirar-nos, e ver no que dá. As risadas de horas e horas. Vê-los interagir com tanta gente diferente e não ter vergonha de nada. Vê-los reagir ao contacto com animais selvagens. Aprender a respeitar o mar e a seguir regras. A trepar rochas e entrar em grutas. Comer terra e paus até não poderem mais. Adormecerem em qualquer ambiente, na praia, ao colo, na mochila, na tenda, no banco, no chão. Aprenderem novos jogos, desportos e actividades ao ar livre.... uma lista infindável de pontos positivos!