Vida a Sós

Como já devem saber, a Mariana voltou na semana passada para Portugal, para continuar os preparativos do casamento.
Desde lá, e minha vida social tem sido bastante preenchida com os programas dos meus amigos portugueses. Convém manter-me ocupado para não me sentir demasiado abandonado!
Depois das duas festas de sábado e domingo, o resto da semana foi para entrar na casa nova, trabalhar, e ficar em casa a ver series.

Para quinta, estava programado um jantar com os nossos colegas da Macquarie, o Roberto (italiano, aka Kelly Slater), o Hilton (Sul-africano) e o Ian (australiano). Chegado quinta-feira, o plano inicial foi substituído por um outro: o Ivy League, que é um bar gigantesco no centro, fazia 1 ano. Este bar é reconhecido como sendo o melhor de Sydney inteira, e a quantidade de gente que lá apareceu dava mostras disso. Tendo o Diogo cartão do Ivy, nós pudemos subir ao piso de cima, onde era bar-aberto e as empregadas passeavam com tabuleiros de mini-hambúrguers e uns hor-d'oeuvres de sapateira excelentes. Depois de duas horas de cervejas, muita conversa e brincadeira entre nós, lá fomos para casa, até porque no dia seguinte eu e o Eduardo tínhamos de ir para o campo. Isto obviamente sem deixar de passar pela "praxe" do Roberto, que quis por força que eu tirasse uma fotografia com as hostess da festa ao meu lado, para tentar usar como "chantagem" para lhe pagar uns jantares! Só podia ser de Nápoles!!!

Na sexta, recebemos um mail de um português que estava na Austrália há uns meses, casado com uma australiana e á procura de emprego. Queria encontrar-se connosco para conhecer um pouco da comunidade portuguesa em Sydney. Vindos do campo, o Eduardo e eu fomos directos para o Exclusive, um outro bar ter com o Portugues, que afinal eram 3. O Henrique, ao que parece, encontrou-nos através deste blog, e conseguiu arranjar o número do Diogo. Mais uma vez, passamos umas horas a beber cerveja e a conhecer os portugueses, que pareceram todos simpáticos. Havemos de repetir mais vezes.

Saídos do bar, seguimos para casa do Diogo e do Francisco, onde fomos jantar umas bruschettas, salada, e lasanha cozinhados pelo Diogo. Tudo excelente! (não é graxa, é verdade!!). Depois do jantar, ficamos os quatro um pouco á conversa, mas o longo dia começou a fazer efeitos, e cada um foi para casa.

Soiré at the Mansion

Sábado, depois da Esplanada de Tamarama, informaram-me que estava convidado a mais uma festa de uma amiga do Stibis, outra que também se ia embora, tal como o gajo da festa do dia anterior. Como já vem sendo habitual, o único requisito para ser benvindo é trazer álcool.
A festa desse dia era ás 5h30 da tarde, em Double bay, perto da nossa nova casa, mas mais perto do mar. Zona do rico, portanto.
Chegados à casa, depará-mo-nos com uma bruta mansão, mas com ar um pouco envelhecido.
Entrámos lá para dentro e avisaram-nos logo que tudo se passava lá em cima. Lá subimos para ver toda a gente numa varanda, que tinha ponte para uma piscina de 10m, uma área de descanso á sombra, e uma lareira.

Lá dentro, a casa de banho tinha uma sauna, quartos do tamanho do meu apartamento anterior, vista para a baía e a outra margem, e o insólito de um quadro com o Álvaro Cunhal.

(Pronto, não era o Álvaro Cunhal, mas podia ser!)

Rapidamente explicaram-me como era possível que um pequeno grupo de jovens (vá, com 30 ainda somos jovens!) conseguem viver numa mansão num sítio assim: houve um visionário deste grupo que viu a casa, abandonada na altura, e achou que era mesmo ali que queria viver. Teve de ser ele a pagar o bond, e tratar de pagar as obras necessárias para que a casa voltasse a ter água e electricidade. A partir daí, pós anúncios a dizer que estava à procura de house-mates. Resultado, alugou os 3 quartos a mais que tinha (especula-se que ele nao precisa de pagar), vivem todos com quartos gigantes, numa zona brutal, com piscina e áreas comuns gigantes, e muito provavelmente pagam pouco mais que metade daquilo que eu pago.

Em relação á festa propriamente dita, é de um ambiente que nos vamos alegremente habituar. Ao que parece, não ha quatro pessoas do mesmo país, desde espanhóis, franceses, alemães, a italianos, australianos, e claro nós, os tugas! Todos falam com todos, e têm todos os empregos mais variados, desde banca de investimento, a marketing, a relações públicas da Peroni, etc... Uma animação, portanto
A toada da festa ia sendo mantído pelo dono da casa, que é DJ nos fins-de-semana, sempre com um som entre o clássico e o progressista. Já na festa de sexta á noite estavam dois DJ's professionais, amigos do dono da casa a por um som de deitar a casa abaixo.

Para acabar tudo, ás 8h30 rumámos para casa, depois de muito vinho, comida, e conversa, mas em boa hora para acalmar a domir bem.

Mais um canto do paraíso

No sábado de manhã, acordei tarde depois de ter estado numa festa de um gajo que o house-mate do Stibis (Tiago Matos, para os que não conhecem) conheceu no autocarro a caminha de casa. Poderia dizer que isto é um acontecimento normal, mas custa-me acreditar em tal coisa.

Sendo o primeiro dia em que a Mariana já tinha partido para Portugal, apanhei-me na inesperada situação de ter de decidir o que fazer do dia. Aproveitei para mandar uma corrida e almoçar. Logo a seguir, o Diogo (meu patrão) convidou-me para ir ter com ele e o Stibis a Tamarama, praia vizinha de Bondi, onde o Diogo mora.

Fiz a curta distância a pé e deparo-me com este cenário:

Jardim junto ao Mar

Deviam estar ondas de 2m, mas ainda assim havia gente a surfar, sempre com uma mota-de-água de perto.


Nesta praia fica a única esplanada de praia em Sydney, já que nunca deixaram que se construíssem mais. Haviam ainda dois grupos de pessoas a jogarem volei de praia. Com redes que eles trouxeram de casa. E linhas.
Já tinha dito que esta gente é fanática por desporto??

Roam-se!

Sitio da casa nova

A pedido de várias famílias, a gerência aqui publica o local da casa nova:


View Larger Map

Nota: A morada está certa, mas o apartamento é neste prédio com o telhado cor-de-laranja, no lado de baixo da rua, no meio da imagem.

Journey to the Outback

Esta semana que passou, a empresa teve a visita de um dono de uma empresa de consultoria de Energia Eólica a visitar-nos, de modo a vir avaliar o potencial de um Parque Eólico perto da cidade de Silverton, no principio do Deserto de Simpson.
Por muito que possam achar estranho, provavelmente a maioria de vocês já viu imagens desta antiga cidade mineira no meio do Outback. Qualquer um que ja tenha visto o filme Mad Max, viu portanto a cidade de Silverton. Como não podia deixar de ser, o carro do Mad Max é uma das principais atracções desta cidade.

Carro do Mad Max

Quanto ao Parque, este será um mega-projecto que vai ser liderado por 3 empresas, entre as quais a Martifer Renewables. O local onde vai ser montado o parque é numa das únicas elevações numa enorme planície deserta de areias vermelhas.
Só neste mega-projecto está a ser planeada a montagem de 600 aerogeradores, num total de 1.2GW. Isto representa à partida uma dimensão quase 100% maior que a Iberwind, a minha anterior empresa!!

Agora falando da minha experiência lá, foi recheada de acontecimentos. Alugamos um Nissan Patrol para poder explorar os terrenos com segurança. Um dos senhores que lá veio connosco disse-me que apesar de existirem 3 empresas a alugar carros, já só podiam trabalhar com a Hertz, pois mais ninguém lhes aluga os jipes! Não se passou muito tempo até a Hertz saber porquê!!

No fim do primeiro dia no campo, após eu me estrear no todo-o-terreno, descendo brutas descidas, manobrando o jipe por ravinas, tivemos um furo. Nada de grave, é só substituir e seguimos viagem. Ou não! Rapidamente reparamos que o pneu sobresselente estava tão vazio quanto o furado. Quem nos safou foi o Andrew, que tinha um Iridium (telefone por satélite), que por sorte falou com os responsáveis pela manutenção das torres meteorológicas que conheciam o terreno.
Fomos assim obrigados a deixar la o jipe durante a noite, para voltar na manhã seguinte com reforços.
No dia seguinte, lá enchemos o pneu, e trocamos o furado por um novo, só como precaução. Fizemos as visitas às torres meteorológicas, tirámos umas chapas, vimos manadas de cangurus, tudo tranquilo.

A indispensável foto do canguru

Quando estávamos no ponto mais longe da cidade de Broken Hill, aconteceu algo de surreal... A subir uma das muitas ribeiras secas, o jipe de repente pára. Eu, a achar que tinha ficado atascado, ligo as redutoras, e acelero. Nada. Saímos do carro e rapidamente percebemos os que se passou... A roda que tínhamos substituído tinha caído!!! Aparentemente não tínhamos apertado as porcas com força suficiente, e com a trepidação soltaram-se uma a uma... Um pequeno "ups moment"...
Tivemos a sorte de conseguir encontrar ainda a última porca a cair, mas ainda tivemos de tirar mais uma a cada uma das rodas para conseguir prender aquela como deve ser. Feito o trabalho, demos por nós perdidos, já no meio de quintas, sem conseguir encontrar saída. Acabámos por voltar atrás a finalmente encontrar o caminho para casa.
Estou na Austrália apenas há 3 semanas, e já tenho uma para os netos!

A Casa - Parte II

No ultimo Post da casa, fiquei-me pelo 3º passo, que era o de ver casas, o que ainda não tinha acontecido, portanto aqui vai a continuação:

3º Marca-se com os da agência o dia para ir ver a casa (4ª ou sábado) e vamos todos os que tivermos interessados, fazer inspecção á casa em 10minutos. Não se pode chegar nem 1minuto depois da hora marcada.

4º Uma vez "escolhida" a casa, mostra-se algum interesse, e pede-se os papeis. Já em casa reúne-se uma série de documentos: Passaportes, recomendações, ordenado de trabalho, extractos bancários, extractos de água, electricidade e gás das casas em que residimos anteriormente.... etc um sem fim de coisas! e então.... entra-se na guerra!

5º De todos os que entregam os papeis só Um é escolhido, então assiste-se a um deplorável cenário onde todos dão graxa ao senhor da imobiliária para serem escolhidos! Muitos deles oferecendo-se para pagar logo um depósito, para "serem levados mais a sério".

6º Paga-se uma batolada de dinheiro pelo Bond, mais uns meses adiantados e mais um depósito de segurança e Aqui está!!!! a nossa nova casa durante os próximos 6 meses!!!! totalmente mobilada!



A casa é em Double Bay, a 10minutos do CBD, tem dois quartos, cozinha, sala(ou casa?!)-de-jantar, sala e varanda. Tem tambem muitas janelas e muita luz! Valeu a pena toda esta espera!

Under the Sea

Este sábado fomos fazer turismo puro, após visitar umas casas, como não podia deixar de ser.

Decidimos então que íamos ver a fauna marítima que existe na zona, antes de nos aventurarmos no surf.

Fomos então ao mundialmente conhecido Sydney Aquarium (ring any bells? no? one?) , onde nos garantiram que íamos ver toda a espécie de bicho subaquático que existem nestas terra de animais estranhos.

O primeiro tinha logo de ser o ornitorrinco. A Mariana bem se esforçou por tirar uma fotografia condigna do bicho, mas os graves problemas de ADD (Atention Deficit Disorder) da criatura tornam-a impossível de apanhar focada, e o máximo que se conseguiu foi uma fotografia em que se via uma simples mancha... Depressing... (fica aqui uma imagem da net)

Seguiram-se uns tantos peixes pequenos e desinteressantes, até que chegamos aos lagartos.

O Júnior

e o Pai

Seguiram-se uns pinguins anões, que pouco mais faziam que coçar as costas com o bico.
Finalmente, veio o prato-forte deste aquário: A piscina dos tubarões!
Para ver este tanque, caminha-se por dois tubos de vidro imersos, e assim os tubarões, raias, e tartarugas nadam por cima e à volta de nós. Nós ficamos com toda a certeza que um dos tubarões nos estava a observar!

Curiosamente, dizem que todos os tipos de tubarões que lá estavam, são inofensivos.

Eles que vão surfar com estes animais todos que ali andam!

Manly

O passeio a Manly é tipico e muito turistico. Eu já o tinha feito na primeira semana com o grupo de portuguesas que cá estava, e este fim de semana voltei a faze-lo com o Pedro.

A partida do CBD é feita de meia em meia hora, e os 30minutos de caminho no ferry passam num instante.

Para além da vista sobre Sydney, vesse toda a encosta de neutral Bay, Cremorne e Mosman, e ainda milhares de barcos á vela que todos os fins-de-semana estão em regatas.

Localizada entre o oceano pacifico e Harbour, Manly tem uma "beach culture lifestyle" muito forte, muitas praias, muitas reservas naturais onde são practicadas actividades como o hiking ou bushwalk (como é mais conhecido).

Como o calor continua, em vez de irmos passear ficámos a fazer praia... e como não se faz muito mais coisas do que relaxar, jogar volley de praia (há campos ao longo de todo o areal), surfar e comer...

..ainda recebi de presente esta prancha para ondas pequenas, uma 6'6'' toda branca e cor-de-rosa! A prancha que sempre quiz e nunca tive hahaha (adorei!)

Da próxima vez que lá formos já vai estar mais frio (o mês mais frio do ano é Julho onde as temperaturas rondam os 16 graus) e as fotografias que tirarmos já vão ser de escaladas e parques naturais!

Sexta feira á noite

Ás 6 da tarde de sexta-feira, já depois do trabalho, a população toda, mas TODA, encontra-se nos bares/restaurantes que se estendem ao longo das ruas de Sydney (tudo exterior). Não há um subúrbio com menos popularidade que outro. È o dia com mais vida nocturna!

Nós fomos a um restaurante/bar, entre Elizabeth Bay e Darlinghurst.

Quando chegámos já estava "á pinha"!! Mas valeu a pena esperar, porque para além das três garrafas de vinho branco, podemos desfrutar de requintados pratos de queijo e pão de passas, patês acompanhados de doce e fruta, cogumelos com pesto, mexilhões, ostras, polvo, etc etc

A música era gira e o ambiente óptimo! O Pedro aconselha vivamente todos os amigos (descomprometidos) a mudarem de cidade e se juntarem a nós!

E claro... eu só posso dizer o mesmo ás minhas amigas... Já repararam que jantámos com o Kelly Slater? hahahha

Uma imagem, diz mais que mil palavras...

Esta imagem diz tudo! e porquê?

Edificios ao longe: cidade moderna, edificios novos, todos em altura.

Mar: azul transparente, água limpissima.

Vegetação: o jardim botânico a fazer a separação entre cidade e mar.

Desporto: por todo o lado se vê alguem a correr, ou a fazer jogging, ou surf, ou a andar de bicicleta, ou a andar á vela.

e para terminar....o amor!!!! hahahaha vêm este casalinho desconhecido apaixonado???? pois é... é uma cidade cheia de amor!

Pois é! esta cidade está muito bem resumida nesta fotografia! hahaha

Chapas

Acordei e achei que não podia ter escolhido um melhor dia para ir passear e tirar fotografias. Estavam uns 26 graus ao sol, e estava toda a gente na rua! Estamos a entrar no inverno e continua imenso calor... é imcompreensivel...

Paddington.. casas victorianas! (era tudo o que queriamos e não conseguimos ter hahaha)

Um dos muitos jardins...

Aqui é onde se apanham os barcos para todo o lado, e onde tem os melhores bares á noite, e onde eu encontrei a Pedreira!

Sydney Opera

CBD

Harbour Bridge

Lago em Darlin Harbour

Acesso ao Jardim chinês

Our backyard...

me!!!

Máquina fotográfica

Como já devem ter reparado temos andado sem fotografias... esta semana ainda foi salva pela maquina da Madalena, Filipa e Maria, que me enviarão posteriormente as fotografias, mas e as outras semanas?!
O que aconteceu é que trouxemos uma máquina podre de velha (não querendo desfazer o presente que a Mariana Vozone deu ao Pedro há uns 4 anos atrás), de 3Mpix, a pilhas, que se avariou no segundo dia que chegámos.... volto a frisar que se deve unicamente á velhice!
Hoje ofereci-lhe esta "beldade" que aqui figura! Uma pequena Olympus (de trazer no bolso), de 10Mpix, para dentro e fora de água, anti-chock!
Acho que fiquei mais entusiasmada que o próprio presenteado hahaha

Contratempo

Agora que o Pedro já introduziu o escritório dele, posso relatar o meu sábado de manhã.

Estávamos nós já atrasados para ver uns apartamentos (o primeiro em Sydney) quando o senhor meu noivo começa a insistir para irmos buscar o cartão da máquina fotográfica (agora estragada) ao escritório.

Visto o dito escritório não ser muito longe do nosso apartamento, lá cedi.

23 Hunter street...centro da cidade... edificio moderno... Pedro passa o cartão de identificação e entramos no lobby... Pedro passa cartão segunda vez e subimos de elevador.... mais uma vez Pedro passa cartão de identificação e... WENÓÓWENÓÓWEÓÓ(som do alarme a desparar)!!! "Pedro...porque é que não tens o codigo?"

Lá de dentro (da minha cabeça) veio a voz que insistia tanto em não ir quando ainda estavamos em casa "eu sabia! mas porque é que ele me convenceu a cá vir com ele! ainda para mais ao sábado!!!"!
Polícia, Passaports, Vistos, Imigração ilegal, algemas, avião de volta exportados como criminosos, TUDO me passou pela cabeça naqueles míseros (?!) 15minutos em que o alarme não parava de tocar!!!

E bom... quando se calou fugimos a 7 pés e passámos os 20minutos seguintes a olhar para trás do ombro, com medo de estarmos a ser seguidos! (escusado será dizer que não trouxemos cartão nenhum connosco!) hahahaha

Oh what a night

Sábado fomos "sair" pela primeira vez á noite.

A noite começou num restaurante italiano, e o grupo consistia em 13 pessoas: 10 portugueses (uns residentes e outros de visita), 2 estrangeiras e 1 australiano.

Já depois da pizza, em king's Cross, começamos a ver todas as "Paris Hilton" da cidade na rua! Mulheres de 1.90 de altura (são altissimas!), fabulosas, magrissimas, todas de preto, com vestidos que (felizmente para os homens) não conseguiam que lhes tapasse o rabo! Só a raça variava!

Dali atravessámos Darlinghurst e fomos para a festa de uma amiga do Tiago. Argentina acho.

O cenário era o seguinte: vista sobre a baia, apartamento moderno, lingua espanhola (aparentemente desde que falo italiano que o espanhol desapareceu, então tive de recorrer sempre ao inglês), duas brutas colunas de som, laseres azuis e verdes psicadélicos a fazer efeito nas paredes, caixa de fumo, e muitas socialites.

Por lá ficámos á conversa e a beber uns copos (não se dança, vai-se lá saber porquê).

Segunda reza a lenda... a noite acabou com a policia em casa, e tudo cheio de medo de uma rusga, pensamos (comunidade tuga) e muitos têm a certeza, de que a coca era muita (caixa de fumo?!?!) !!!

Nós os dois... sempre coerentes, á 1.30 já estavamos a dormir ferrados! (basta um lorena a acabar a noite com uma grupeta de 3 sobreviventes, não é maninho?)

Caro e Barato

Como é obrigatório quando se decide sobre uma proposta para morar noutro país, estive em Portugal e investigar sobre o custo de vida aqui down-under.
Aprendi com isso uma série de coisas, algumas assustadoras, outras contraditórias.
Aqui vão alguns factos:

- Por uma análise da Mercer, Sydney foi em 2008 a 15ª cidade com maior custo de vida, ficando Londres em 3º, e Paris em 12º. Lisboa nem aparece nas 50 mais caras.

- Pelo índice Global City, Sydney é uma das 10 melhores cidades para viver, com cotação Alfa +, com apenas Londres e NYC mais cotadas com Alfa ++, e Lisboa com Alfa -.

Como todos sabemos, estes valores valem o que valem (qualquer coisa entre o pouco e o nada) e só estando cá e que se consegue ter noção dos custos e dos estilos de vida.
Assim sendo, aqui vai uma lista de +Caros vs +Baratos:

MAIS CARO:
- Casa \ apartamento
-Parqueamento dentro do CBD (Central Business District)
-Transportes Públicos (não se compreende, mas funcionam espectacularmente bem)
-Alcoól (deve ser devido aos problemas que eles têm com os aborigenes e a bebida)

MAIS BARATO:
-Alimentação (comer fora, supermercado)
-Livros
-Ginásios
-Sushi!
-Vestuário (roupas, sapatos, acessórios)
-Taxis
-Combustiveis (metade do preco que Lx!)
-Museus (gratis!!!)

Com tudo isto, em que ficamos?
Boa pergunta, ainda nao sei responder. Obviamente vai ser preciso vivermos ca uns meses para ter noção. Caso a vida seja cara, podemos sempre aderir a moda do Cocooning (o 1º significado!)!

Turismo

Hoje foi o nosso primeiro sábado por este continente... e decidimos seguir com a saga da procura da casa... que culminou num absoluto fracasso!!!
Começámos pelos bairros de rose bay, elizabeth bay, watsons bay, e vaulcuse. Entra-se no barco em CBD (central business district) o centro, e em 15 minutos estamos nas "bay" todas. É sem duvida a melhor área de sydney para se viver, se quisermos constituir família. São casinhas de 2 pisos, todas com jardim, com parques e campos de golfe á volta, tudo isto em volta da respectiva baía (a não mais de 500 metros da agua portanto) onde estão imensos b!arcos á vela fundeados.

Como ainda não formamos familia, e as melhores casas já estavam ocupadas... mudámos para os bairros trendy de sydney, que são um genero de estoril, ainda com habitação de 2 pisos, mas já todas em banda (como se vê na fotografia). Estes bairros são Paddington e Darlinghust) ficámos fãs! (infelizmente não tinhamos marcado ver nenhum apartamento hoje nesta zona) então ficamos só a passear pela zona.

Descobrimos que todos os sábados havia a "Paddington Market", uma feira do genero de carcavelos, mas feira dentro dos limites de uma escola publica, em que os feirantes eram artistas e donas de lojas bens vestidas, em que as barraquinhas (cada uma mais origial que a outra) vendiam todo o tipo de produtos. Perfumes, quadros, acessórios de moda, materiais escolares personalisados, candeiros, coleções de borboletas (que me fez reviver a casa dos Patricio em Lisboa) and so on and so on. Um ambiente formidável, com musica ambiente e sem nunca se ouvir um unico grito "olhá prenda pó netinho!!!"


Ficou decidido que vamos tentar investir nesta ultima zona! e a saga continua....

Dia da Mãe

Ontem li um artigo no jornal que tinha como tema "será que os australianos gostam das mães", em que uma mãe contava vários episódios de estranhos que interagiam com ela no meio da rua, com a finalidade de educar os filhos dela. Ou era porque estavam calados de mais, ou porque berravam muito alto, ou estavam a chorar, ou não tinham trela (?!), ou não deviam estar a comer doces, ... etc etc

Concluí que fui muito bem educadinha (já o mesmo não posso garantir dos meus irmãos) e que deve ser um verdadeiro pesadelo educar 3 crianças ao mesmo tempo!
Sendo assim, dedico este post á minha mãe! que muito deve estar a precisar...(e esta faneca?!)

E como é um dia importante para todos... foi-nos relembrado por aviões no céu de sydney, com a mensagem "call mum!!!"

Jet lag

Com excepção do primeiro jantar em que fomos convidados por uma pequena parte da comunidade portuguesa para comer um leitão assado num restaurante espanhol (que aparentemente tem o maior sucesso), e de um dia passado com a Pedreira e umas amigas dela a passear pela cidade (encontramo-nos MESMO por acaso no meio da rua!) , a nossa vida social não existe!

Com o Jet Lag ás 4 da tarde começo a sentir as pernas cansadas, ás 6 da tarde já não consigo ver nada de tão pesados que estão os olhos, ás 7h jantamos já de olhos fechados sem conseguir pronunciar uma palavra que seja, e ás 8.30 estamos a caminho do sétimo sono!

Fica aqui então um agradecimento especial ao jet lag (facto que ocorre como conseqüência de viagem através de vários fusos horários), que nos tem feito poupar uns trocos, ao nos por a dormir logo tão cedo!!! Hahaha já cá faltava...

A casa

O nosso apartamento temporário

Estando o Pedro a trabalhar já desde o primeiro dia, cabe-me a mim passear o dia todo com o intuito de descobrir uma casa para vivermos. A tarefa tem-se revelado bastante dificil, já para não dizer impossivel...como sempre as melhores casas já estão ocupadas, e as que não estão não se consegue marcar visitas...

Passo então a explicar o processo:

1º Procura-se na net as casas que se gosta (porque as agencias propriamente ditas não servem para nada. Quando se pede para mostrar o que têm a resposta é sempre a mesma. “gotta search on the internet” ao qual agradeço a disponibilidade, já bastante frustrada, e do lado de lá vem SEMPRE um “no worries”

2º uma vez encontrada a casa na internet pede-se uma visita ( 90 % das vezes não respondem) os outros 10% que respondem marcam para 4 dias a seguir quase á noite com mais 10 ou 20 pessoas (?!)

3º ... não sei qual é o terceiro passo... ainda não consegui ver nenhuma casa!!!