Sexta feira ás 5 da tarde já tínhamos tudo preparado para quando o Pedro chegasse do trabalho, seguirmos directos para Seal Rocks. Não é a primeira vez que lá tivemos e já sabíamos que a viagem ia ser de cerca de 4horas. Assim sendo, pegamos na Vozzie (ou ela pegou em nós) e fizemo-nos à estrada.
A viagem faz-se bem e em 4 horas estávamos num camping quase deserto no meio do parque natural de Yagon. As únicas pessoas que lá estavam para alem de nós era um grupo de cerca de 10 miúdos à volta de uma fogueira a beber cervejas (isto vai ser importante para o desenrolar do fim de semana). Debaixo de um céu escuro que nem breu adormecemos num instante que nem pedras.
Quando acordamos sábado de manhã, em pleno contacto com a natureza, olhamos para fora da janela e vemos fumo a sair do "site" dos miúdos, mas sem miúdos presentes. Mandamos umas bocas e ficamos na ronha por mais... por mais tempo nenhum! Acções seguintes: Pedro levanta-se a correr, corre de pijama, pega no nosso Jerrycan cheio de agua, Mariana procura chaves da carrinha rapidamente mas sem sucesso algum, Pedro atira-se para as chamas que já estavam a tentar comer uma árvore, chamas apagam-se, Mariana tenta telefonar para os Rangers mas mais uma vez sem sucesso algum (não há rede nestas áreas), 30 minutos depois pedimos a dois asiáticos que reportem a situação a alguém na vila, bombeiros vêm, inundam a área de agua para garantir que não volta a pegar, fazem conversa (gostam de nós), com um grande sorriso dão os parabéns ao Pedro, e seguem caminho. Nota de rodapé: miúdos entretanto chegam e fazem de conta que não é nada com eles. Vontade = esbofetear!
Depois de toda esta acção matinal vamos finalmente ver praias. Por azar na melhor praia para surfar estava um campeonato a decorrer, assim fomos para uma praia mais protegida do vento onde passamos o resto do dia a ler, apanhar sol, tomar banho, correr, jogar voleibol e dormir. No domingo repetimos basicamente o mesmo dia, praia, apanhar sol, mergulho e pronto. Isto sim são férias!
Entretanto uma coisa espectacular aconteceu à tarde, mesmo depois de tomarmos banho naquela água completamente transparente! Estávamos então a chegar a toalha, a 5m da água, e o Pedro pergunta-me se percebo o que é uma mancha preta de metro e meio a andar muito rápido junto à areia! Ele pensa que pode ser uma raia, eu um tubarão (claro! a zona esta pejada deles). Passado uns segundos a barbatana vem ao de cima e finalmente faz a curva! em menos de 30 segundos estavam 4 golfinhos a saltar dentro de água onde nós estávamos com agua pelos joelhos!
