sábado, 13 de junho de 2009

Primeira Tentativa de Surf Trip

Como saberao os meus amigos emigrantes em Inglaterra, a segunda-feira passada foi o Queens Birthday. O que podem desconhecer e que esse dia e feriado na Australia, ao contrario do que se passa em Inglaterra. Assim sendo, foi o meu primeiro fim de semana comprido em Terra Australis.
A semana passada tive como primeiras visitas la em casa duas portuguesas amigas de infancia da Mariana. Assim sendo, aproveitei para passar o Sabado a fazer turismo, algo que raramente se tem passado. Mas essa historia fica para outra vez, quando elas me mandarem as fotos.
No domingo combinei com o Tiago e o Francisco passarmos os proximos dois dias a algum lado para surfar. Norte ou Sul? Nem interessa, seja onde for, e sempre novo e ha-de ser bom.
Assim, optamos por seguir para sul. O Francisco conhecia la uma praia no Royal National Park, a cerca de 60km a sul de Sydney. E assim partimos na nossa exploracao.

A partir do momento que entramos no parque, nao se consegue ficar indiferente. Ve-se quilometros para todos os lados de verde aparentemente intocado. A fazer as curvas por entre as arvores, volta a lembranca das subidas de carro a Malveira da Serra.
No fim dessa estrada, paramos no parque de estacionamento onde se encontrava uma primeira praia,mas quenao era grande coisa para surfar. Assim, partimos para uma nature walk de 4km por um trilho dentro do parque. Nesse trilhos, ve-se de tudo. Desde floresta cerrada,

(Desculpem o dedo, estava a carregar uma prancha de surf...)

Falesias de onde se viam baleias,

(Facam um zoom, sff, o jeito nao e muito...)


ate chegarmos a praia,


Ao chegarmos ao pico, estavam la um grupo de miudos australianos a surfar, dois dos quais nus,

Ficamos um pouco a pensar se entravamos ou nao, mas visto que eu estava na prancha nova da Mariana (cor-de-rosinha) e o Francisco tambem nao se sentia com muita confianca para se atirar a um pico de rocha assim de repente. MMmmmm Acho que partir a prancha da Mariana Lorena e capaz de ser ma ideia...

Assim sendo, descansamos um pouco, comemos, e voltamos a fazer os 4km de caminhada ate ao carro, sempre a gozer a paisagem espectacular.


O sitio e brutal!!

Acabamos por ficar a dormir em Wollongong, terra onde o Goncalo, filho do dono do escritorio onde trabalho mora e estuda. Simpaticamente, ele ofereceu-nos a casa dela para dormir, deixando assim o fim de semana muito em conta.

No dia seguinte, seguimos um pouco mais para norte para surfarmos, finalmente. O mar estava um pouco pequeno, mas pelo menos nao estava frio, e estava um bom sol, e assim entramos. O Tiago de fato, o Francisco de top de neoprene, e eu de licra! Va la que a agua estava a 20 graus, so assim deu para aguentar. Nesta entrada, decidi experimentar a maquina dentro de agua. Apesar da falta de jeito, ainda deu para umas chapas giras.


Mais umas tentativas e ate e capaz de sair alguma de jeito!!

So chamo a isto tentativa de Surf Trip, porque os 30min de surf que fiz (em que so me pus em pe uma vez), me souberam a pouco, porque de resto, o fim de semana foi do melhor!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Welcome to the Jungle

Esta semana que passou fui requisitado para fazer um site visit com um da Macquarie, o Nick. Esta nova aventura tinha como objectivo analisarmos hipotéticos parques eólicos em duas zonas para os lados de Brisbane.

Segundo o Nick, Queensland (cuja capital e Brisbane), e onde moram todos os pacóvios do pais, sempre a acelerar nos seus Utes (Utilitarian Cars) todos kitadões, e a serem genericamente bimbos.

A cidade de Brisbane pareceu-me bem organizada, com um CBD cheio de movimento. Tanto que até da a impressão que ninguém trabalha.

Na quarta-feira, fomos fazer a visita a um dos sites. Estava mau tempo, e as estradas enlameadas, mas divirta-mo-nos a andar por estas estradas no nosso jipe. Fomos analisando vários sítios possíveis de por aerogeradores, e a tentar falar com os donos dos terrenos. Após varias tentativas falhadas, conseguimos falar com 3. Uma disse que o marido e que tratava disso, e as restantes duas ressoaram com rotundos "No Wind Farms here!!". Ficamos um pouco perplexos com a reacção negativa, e ainda mais quando passamos por uma quinta com esta placa:

Decidimos entrar para tentar perceber a razão de tanta animosidade. O dono do terreno excedeu qualquer expectativa. Tipicamente, quem mora aqui são gente muito humilde, sem grandes qualificações e muitas vezes de vistas limitadas. Diante nos, no entanto, apresentava-se um activista "reformado". O Senhor era formado em Permacultura (Agricultura Sustentável), e tinha muitas reservas relativamente a construção de parques eólicos em qualquer sitio, a qualquer preço, com o único intuito de fazer dinheiro. Segundo a visão dele, andava-se a gastar demasiado dinheiro em energia eólica, e dinheiro a menos em reflorestação, que na sua opinião e a verdadeira causa do aquecimento global, e caos climático que actualmente temos. Contou-nos que ja tinham tentado fazer um parque eólico ali, com turbinas a 500m das casas dos donos dos terrenos. Ele, como activista, tinha inaugurado um "No Wind Farm Group" para a zona e tinha estado a combater essa possibilidade. Seria, portanto, um opositor formidável caso a nossa empresa decidisse avançar neste local. Tivemos cerca de uma hora a falar com o senhor, que nos revelava muitos dos seus pensamentos em historias sempre fascinantes. Foi um momento verdadeiramente interessante!
No fim do dia, fomos mais para o interior, para outro potencial local. Este era uma enorme montanha situada no meio de uma planície de perder a vista. Ficamos num simpático Bed&Breakfast, com todos os luxos.

Na manha seguinte, avançamos para a Montanha, que de aspecto lembrava a serra de Sintra, ou os Alpes Suíços. Apesar do sol na base, la em cima estava nevoeiro e chuva miúda. A estrada era contorcida, e as curvas tinham nomes, como "Devil's Elbow".

No cimo, onde não haviam árvores, estavam clareiras cobertas por relva verde, e habitada por wallabies, que são cangurus mais pequenos.

Após algumas tentativas de encontrar acesso aos terrenos que nos interessavam, decidimos avançar a pé, para vermos o terreno. Tivemos cerca de 1h num "nature walk", a seguir os postes de electricidade, rodeados apenas de arvores, da montanha, e de pássaros, tudo com umas vistas impressionantes!

Com o apetite bem aberto por esta caminhada, fomos almoçar antes de atacar o lado leste da montanha. Nesse lado, as estradas eram de terra e estavam bem enlameadas, portanto tivemos divertidos a fazer cross de um lado para o outro. Seguimos por uma estrada que estava marcada no mapa, mas que quase não existia no terreno. Viam-se apenas duas trilhas de pneus ja com alguns meses, a avancar no meio do mato. Tivemos 45 min por este caminho, completamente no meio do nada, a explorar os montes que aqui nos encontravam.

A nossa exploracao parou apenas quando nos deparamos com um riacho demasiado profundo para atravessarmos. Optamos por tentar encontrar um caminho alternativo que nao fosse ter como fim eu enfiado na lama a tentar empurrar o jipe. Por sorte, apareceu o dono do terreno e guiou-nos ate a saida da sua quinta. Tivemos a falar com ele e mostrou-se bastante simpatico, e revelou-nos ainda que ja tinham havido pessoas a tentar por um parque ali, mas tinha optado por outro sitio. Tanta aventura e afinal nem somos pioneiros!!

sábado, 6 de junho de 2009

Meet Iain Murray

Na semana passada, após ter telefonado para combinar, fui ter com o Iain Murray, com a perspectiva de começar a andar a vela aqui em Sydney. Para os que não sabem, aqui vai uma pequena introdução do senhor: Andou de Skiff 18, classe onde ganhou fama vencendo 6 campeonatos do mundo consecutivos. Com essa fama, seguiu para fazer parte da tripulação da America´s Cup que ganhou ao Dennis Connor em ´83. Em ´87, foi skipper da defesa do America´s Cup, a qual perdeu para o mesmo Dennis Connor. Pelo meio, conseguiu ainda ganhar um campeonato do Mundo de Etchells, e depois participar nos Jogos Olímpicos de Pequim. Para mais, é Skipper do Wild Oats XI, um maxi, com o qual ele ganhou os ultimos 3 Sydney-Hobart. Um mito, portanto.
Os Volvo 60´
Quando cheguei a Pyrmont Bay, ele estava lá com dois Volvo 60´ e um America´s Cup. Com estes barcos tinha uma empresa de charters que, devido à crise, estava a vender. Apresentou-se como uma pessoa muito acessivel, mais que desposta a ajudar, apesar de estar a sofrer profissionalmente devido a paragem de 2 anos para perseguir sonhos olimpicos. Infelizmente, pela conversa, não vou ser tripulante do Wild Oats na proxima Sydney-Hobart. Damn!
Barco da America´s Cup de '92, Spirit of Australia
Após este agradável encontro, decidi ir a pé até ao centro da cidade, plano que foi interrompido com a descoberta do Australian Maritime Museum, que, sendo de borla, era uma oportunidade que não podia perder. Neste museu, falava-se de tudo desde os primeiros barcos que os asiáticos usaram para chegar a Austrália, à descoberta do continente por Luís Vas de Torres, a colonização conturbada por holandeses e ingleses, e finalmente, os barcos de imigrantes.
Barcos de Imigrantes dos anos 60'
Para finalizar, estava na doca uma réplica do barco que Captain James Cook usou para iniciar a colonização de Sydney Habour.
Réplica do Barco do James Cook
Para acabar o dia, fui correr até Rose Bay, onde descobri o Woolahra Sailing Club, um clube com cerca de 15 49ers!!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

A Noite Gay

Por acaso, nem estou a brincar, foi mesmo uma noite gay. Salvaguardo-me dizendo que nao houve nenhuma actividade homosexual da minha parte, apenas observacao.
E agora o contexto: O Stibis, apos 4 meses a tentar, finalmente arranjou um emprego. Num bar gay.
Bom, adiante. Com isto, ele convidou-nos para ir la beber um copo, ver o ambiente. Eu achei um prato ir la numa de National Geographic, observar o que nunca tinha visto,e entao fui armado de maquina fotografica.
O Bar e na Oxford Street, uma rua conhecida em Sydney por ser a rua da noite, onde prosperam bares gays e lesbicos. Assim sendo, fui com Diogo beber um copo a um outro bar, onde o Stibis ia ter antes de ir trabalhar. La tivemos a beber umas jolas e falar da primeira noite de trabalho do Stibis. Esse bar tinha 5 andares! Um predio inteiro! Mas, de facto, apenas o res-de-chao e o 5o e que sao para publico geral. Os restantes pisos alugam-se todas as semanas para festas privadas. Brutal!

Seguimos dali para levar o Tiago (Stibis) ao trabalho, e beber um cafe para o deixar entrar antes de nos. Ao ficar na Oxford street, da para ir vendo a fauna da zona, que se estendia entre o gay mais gritante, a criancas de 16 anos mais despida, ate coisas que sao puramente estranhas!

WTF??!!

Passada meia-hora, la nos atiramos para o covil do leao.
Entramos, e vimos tudo o que se esperava: Metade dos homens bastante afemeninados, e a outra apenas um pouco afemeninados (ha sempre as "Calcas" da relacao!). Desses, mais ou menos um terco andava por ali de tronco nu, a tentar impressonar os outros. A estrategia foi manter a distancia, para nao perturbar o ambiente. Todos sabem que as observacoes tem de ser feitas com o minimo de perturbacao ao ambiente natural. Conversamos um pouco com o Tiago, ele ofereceu-nos um copo, e fomos vendo andar da noite num bar gay. O som era brutal, sempre a abrir, a manter sempre a pista bem cheia. Lasers por toda a parte, e um nevoeiro que nem se via o outro lado da sala.

Passados mais 30 min, comecou o espetaculo que o Tiago nos prometeu. Nem o vou descrever, vou so deixar aqui o filme que fiz e ficam logo com uma ideia.

Aconteceu ainda mais uma coisa de notar: No intervalo destas cantorias e Dancas, a Miss chamou um elemento do publico, (nao, nao fui eu, estava bem escondido, longe da accao) e nem pestanejou em despir-lhe a t-shirt. O jovem recebeu umas tantas palmas e assobios de aprovacao, isto enquanto a Miss o apalpava e rocava-se nele! Priceless! Claro que depois ainda tive o prazer de assistir a cena de ciumes que o namorado do jovem lhe fez!!

Grande noite, mas duvido que venha a ser um programa regular!