segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sailing in the harbour

Nesta semana que passou tive a sorte de poder ir todos os dias para a praia. Esteve muito calor e muito sol e assim aproveitei a ultima semana de férias, antes de recomeçar as aulas, para estar com amigas na praia.  Em um dos dias até aproveitamos e levamos as crianças a quem fazemos babysitting para uns mergulhos em Bondi Beach. Mas o ponto alto da semana foi sem duvida o nosso sábado. Bom... o MEU sábado.
 

Quando acabei o segundo semestre fui convidada por um Australiano, que fez parte durante 2 semestres dos meus trabalhos de grupo, para ir dar uma volta no barco à vela dele. A ideia era juntar o nosso grupo (2 portuguesas, 2 australianos, 1 Chileno e 1 Peruana) para festejar o fim do semestre! A ideia não podia ter sido melhor e assim combinou-se um dia que desse jeito a todos e respectivos. Claro que com a vela do Pedro aos domingos teve-se de alterar por duas vezes as datas de maneira a que realmente ele pudesse vir e aproveitar o dia connosco.

Sexta feira chegou e o Pedro decidiu que ia andar à vela no sábado também arranjando para lá uma desculpa qualquer que continha as palavras: Sponsor e Simon. Fiquei envergonhadissima claro e depois de ele se desculpar com o meu amigo fui encontrar-me com todos ao clube de vela de Ruschcutters Bay.

Chegada já lá estavam todos os casais, o dono do barco com filhas e tudo, e eu (sem respectivo). O tempo estava excelente e como estávamos todos muito bem dispostos já sem o peso dos trabalhos e exames em cima foi quase como se nos estivéssemos a conhecer todos de novo. O barco era lindo! Do tamanho do barco do meu sogro (32 pés? 34 afinal), todo em madeira, envernizado e com imenso espaço cá fora para se estar espreguiçado ao sol, como eu bem gosto! 
Entramos todos e como o vento estava a subir bem demos uma volta grande mas devagarinho pela baía de Sidney. Há hora do almoço fundeamos o barco já quase fora da baía mas ainda protegido pelas encostas e ficamos ali a mergulhar naquela agua óptima e a saborear (lol) tostas com mozzarella, presunto, tortillas, uvas, etc um verdadeiro banquete!
 
 
 
 (fotografias roubadas a um outro tripulante)

A tarde passou num instante e quando olhamos para o relógio já eram quase 6 e tivemos de nos pôr a caminho outra vez, com direito a mais uma volta pela baía. A experiência foi óptima, e não nos podíamos ter divertido mais! Pode ser que possamos repetir outra vez em breve...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

8th Day - Christchurch

 Acordados para o ultimo dia, ainda a 3 horas de christchurch, tínhamos de despachar o resto das batatas e das cebolas que tínhamos na carrinha. Assim, olhei para o senhor da carrinha ao lado da nossa do camping e fui oferecer estas iguarias. Com um grande sorriso confessou que também fazia sempre o mesmo e que aceitava de muito bom gosto. Conversa puxa conversa e o senhor de aproximadamente 60 anos lá nos revela que tinha estado nos há 2 meses atrás em Portugal (cascais, praia grande, Ericeira e Peniche) para festejar os 30 anos de um amigo Tuga que vive em Christchurch. O Chico. O Chico??? O Chico que toda a gente conhece? não podia acreditar. Estávamos em amena conversa com um grande amigo do famoso Chico Caldeira Pires que apesar de não conhecermos, alberga toda a gente que passa por nossa casa em viagem pelas Australias para depois seguir para a NZ. Uma coincidência engraçada!

Depois disto fizemo-nos de novo ao caminho. A cerca de 1h de chegarmos à cidade paramos numa zona de vinhas  e entramos numa Enoteca chiquíssima. Eram 10 da manha e claro que não bebemos nada, mas teve graça ver a classe do sitio.
 
 
 Ás 11am estávamos finalmente em Christchurch. Como a fome apertava fomos almoçar fora pela primeira vez. Os cafés tinham todos bom aspecto, e como não nos queríamos demorar, comemos um largo prato de lasanha num café com boa musica e bom ambiente e voltamos a passear.
 A cidade é muito gira. O centro é minúsculo e como todas as cidades Neozelandesas é difícil encontrar edifícios com mais de 2 andares. Vimos muita gente na rua, estivemos no mercado, no parque, na igreja, ouvimos um concerto de rua, vimos variadíssimas estátuas e lemos tudo o que conseguimos relacionado com a cidade.
 
 
 
 
 
 
 
 

Por volta das 3 horas tivemos de ir devolver a carrinha e fazer limpezas. Ficamos logo pelo hotel onde já não nos mexemos até ao terramoto da  1 da manhã. 4.0 Magnitude. Acordei com tudo a mexer sem parar e claro que fiz questão de acordar o Pedro também, que aparentemente não estava a dar por nada. Tudo estava a mexer e eu via e ouvia tudo desequilíbrado! Em stress não consegui dormir mais decentemente e ás 5 da manha fomos apanhar o avião.

Assim acabaram as nossas féria pela terra dos kiwis (que eram óptimos!), e assim nos recebeu Sydney com cerca de 30ºC e um óptimo dia de praia!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

7th Day - Kaikoura

 Kaikoura foi a nossa penúltima paragem. Demoramos cerca de 5 horas a atravessar de Hokitika onde passamos a manha até Kaikoura, atravessando Louis Pass, mas não custou muito. O tempo continuava bom, e uma pausa num lookout para almoçar reforça sempre as energias
 
 
 
Quando chegamos a kaikoura ficamos tristes por saber que já não íamos poder ir nadar com golfinhos e ver baleias porque já era tarde, e então fomos afogar as mágoas num longo trekking para ver mais focas e mais paisagens. Podia ser repetitivo, cansativo e chato mas não foi nada. Mais uma vez o contexto era diferente, as paisagens diferentes e até as focas não era iguais!

 
 
 
 
 
 
 

Acabamos o trekking já de noite, e fugimos para um camping em cima do mar para jantar e dormir. O dia seguinte ia ser o ultimo dia da nossa viagem!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

6th Day - Lake Matheson and Seal Colony

A zona do fox glaciar tem imensas coisas para se fazer.  Voar em cima do glaciar, fazer escalada pelo glaciar e apenas contemplar o glaciar são exemplos. However, em vez de irmos escavar na neve, decidimos fazer dois trekkings aqui na área. Um foi no lake Matheson, e o outro até à seal colony.

O primeiro foi facílimo. Era só de 1 hora e pouco, pouco inclinado, e a ideia do trekking é tirar fotografias do reflexo das montanhas no lago. Infelizmente como saímos por volta das 9am e não ás 6am já apanhamos algum vento no lago, que não deixava a imagem de espelho perfeita. 
De qualquer das maneiras foi o sitio onde estivemos até agora onde se viu mais gente! Essa rápida caminhada feita atiramo-nos para o trekking que nos levaria até uma colónia de focas.




Nunca na minha vida inteira pensamos vir a passar por isto! Ao principio achamos que ia ser uma caminhada normal, como aliás o nome dizia. Começava com uma estrada de terra, depois passávamos por uma mina de ouro abandonada e depois então chegávamos a uma praia. Praia??? Onde está o branco da areia, o azul do mar, o paraíso associado com uma praia? Não, esta praia fazia lembrar o domínio do Scar, Leão mau do Lion king! Depois atravessamos uma ponte restrita ao peso de 1 pessoa sobre um lago, e finalmente chegamos há floresta, onde o trekking mais propriamente dito começava.

Ao longo das 2 horas de caminho até à colónia fomo-nos apercebendo da dificuldade da coisa. Horas e horas a subir, com poças enormes no chão que tínhamos de ultrapassar. As técnicas de passagem eram encontrar pedras ou tentar equilibrar por uns troncos que para la nadavam. Pois... nadavam... a conclusão foram as calças,  os ténis, as meias e os pés completamente todos pretos e enlameados. Claro claro, parece tudo muito aventureiro. Nós os dois sozinhos, no meio de uma floresta intacta pelo Homem, com um trekking que não tinha nada de caminho com o intuito de chegar a uma colónia de focas. Mas a realidade era isto tudo, mais o facto da floresta não ter um único animal para nos distrair das longas horas de caminho. Quando lá chegamos nem queríamos acreditar... FINALLY!!!

 
 
 
 

 As focas eram giríssimas! Uma ficou a poucos metros de nós a olhar intensamente como que a estudar-nos (elas têm um olhar muito intenso!). Quando essa decidiu tomar banho o Pedro pensou “pronto, é a nossa oportunidade de ir ver atrás daquelas rochas as centenas de focas!” (proibido claro). Começou a andar devagar.... sempre a olhar em frente.... viu várias cabeças deitadas nas rochas a poucos metros dele e eu claro, que estava a ver toda a cena de mais longe, vejo um mega barril de 2m e 200kgs a levantar-se por detrás de uma rocha, nas costas do Pedro! Berro solto corremos todos dali para fora e a dita foca gigante fica a poucos metros de nós onde finalmente entra para dentro de água! QUE MEDO! Uma foca destas arranca duas pernas no mínimo! Anyway... valeu logo a viagem a esta praia para ver as focas. São animais giríssimos apesar de cheirarem mesmo mal.

 
 

O caminho de volta fez-se bem melhor! Era já quase tudo a descer, as poças estavam mais secas, nós já não ligávamos ao facto de nos sujarmos mais, e ainda tínhamos o almoço na barriga! Ahhhhh.... como é que alguma vez nos tínhamos queixado deste percurso? Chegamos ao carro estoirados mas muito contentes e assim prontos para partir para o próximo Stop, Hokitika!