quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sailing and dinning

Este último fim de semana finalmente fiz uma regata nos 18 footers. Não correu propriamente bem, mas nem perto do que foi a regata de 10-Out.
Para começar, estava a chover.
A potes.
E estava frio.
Assim sendo, tivemos de aparelhar o barco todo à chuva. E por aparelhar, quero dizer desde tirar o barco do atrelado, montar o mastro, cabos, e velas.
Molhados por molhados, decidimos mudar para roupa de mar quando começou a chover à séria.
Às 13h, lá fomos para dentro de água, para um azeite que era a baía de Sidney. Vento quase zero, portanto.
Às 14h, foi a largada, com a pontualidade anglo-saxónica. Uma largada muito lenta... Nada do que esperava num 18 footer, mas pronto.
O skipper decidiu logo arrancar com um tiro no pé: fazer 3 viragens de bordo no espaço de 1 min, logo após a largada. Para os que conseguem não conceber o significado disto, pode-se dizer que e equivalente a deixar o motor ir abaixo numa largada de Formula 1.
Com resultado disto, passámos o resto do dia a ver a regata por trás, á distância, até porque o vento subia e desaparecia com requintes de maldade.
Para ilustrar isto, numa das pernas, conseguimos ultrapassar o penúltimo. No segundo seguinte, o vento saltou 45 graus, e voltamos a estar à mesma distância de sempre...
Para culminar o dia, o vento caiu ainda mais no fim do dia, ao ponto de estarmos a 100m da chegada, e o juri apitar para declarar o tempo limite para a regata.
Brilhante.
Tão tarde chegámos, que já estava a ficar escuro...
Felizmente para nós, eu tenho uma esposa muito querida que nos trouxe uns muffins de marmore (portanto, bolo de marmore em formato de muffin, não me estou a queixar de estarem duros!) para saciar a nossa fome depois de 5h30 no mar a não acabar uma regata.
Oh well, ao menos desta cheguei a terra no sítio certo...

Na terça à noite, decidimos combinar um jantar com os nossos amigos mais jovens cá de Sidney. O primeiro casal é o Lourenço Bruschy, que já tinha conhecido no meu dia de anos, com a Leo, a sua namorada.
O segundo "casal" é o Nikitas, que por vezes vem comentar o nosso blog de um modo que parece fora de contexto, mas que são apenas respostas a comentários nossos no blog dele. Ele estava acompanhado da Joana Ruivo, com quem vive e partilha esta aventura na Austrália (e o blog, já agora).
A meio do jantar, chegou o Tiago, um Engenheio de Braga que está cá a fazer um Mestrado.
Fomos ás já conhecidas Mad Pizzas (conhecidas por serem boas, e muito baratas, para gaúdio da Mariana) passar um jantar bem divertido.Houve muita conversa, muita comida, e muita animação. No meio disto eu contei a minha assombrosa história, algo que já vem sendo costume sempre que há um evento social, e ainda consegui confirmar que tinha em tempos dado aulas de vela ao Nikitas (sinal de velhice?? maybe...).
No fim, começaram as fotografias com a máquina da Mariana. O ponto alto disto foi quando o jovem de origem indiana (ou paquistanesa) nos tirou uma fotografia, com o dedo mindinho a apontar para o tecto. isto foi o suficiente para aparecermos todos a rir às gargalhadas na foto. Qual say cheese qual quê!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A Fantastic Visit!

No meio de aulas intensivas e homeworks sem fim, chegaram a Marta Botton, Madalena Pedreira e Ana Julia para passar uns dias em Sydney. A mulherada ía ficar cá toda em casa, mas como os Frankie, recente casal de noivos, foi passar uns dias a Melbourne, ofereceram a fantástica casa de praia ás três recém-chegadas que ficaram está claro FELICÍSSIMAS!
Com as nossas obrigações, acabamos por não poder passar os dias todos com elas, mas acompanhámos como podemos!
Começámos logo bem a tentar arranjar um ponto de encontro onde NUNCA nos chegamos a encontrar! Mas o bom disto tudo foi que ainda descobrimos um novo percurso muito giro que passa por baixo da Harbour Bridge, sempre na esperança de as encontrar a meio. No fim do dia quando finalmente nos encontrámos, concluímos que passamos pelos mesmos sítios, mas que a certo ponto desistiram da caminhada e apanharam o Bus. Este carro foi um dos vários marcos!
Sexta-feira á noite elas "fizeram" uma bela lasanha e até nos enfiarmos todos no autocarro que os ía levar a Oxford Street ficamos finalmente a pôr alguma conversa em dia, cantar e a Ana Julia a dançar! Depois de algum vinho saído directamente de um saco por uma patilha, e já animados, eles seguiram para a noite.
Aqui fica uma fotografia ilustrativa da noite deles! sim... porque a nossa acabou no transporte público!
No fim de semana fizemos o típico programa turístico de Paddington Market e enquanto elas seguiram para o Paddy's Market em Chinatown, eu fui mostrar Centennial Park ao Pedro que nunca tinha ido. Aí comer o nosso primeiro e parece-me ultimo cup-cake da nossa vida!
No domingo, enquanto o Pedro foi para o Barbecue de memória dos sailors que não sobreviveram ao naufrágio da semana passada, nós fomos as quatro para Watsons Bay, apanhar sol e perdermo-nos naquelas vistas espectaculares!
Needless to say que um grupo de raparigas é sempre grupo de raparigas e não faltaram sessões fotográficas!
Segunda feira, no ultimo fim de tarde do grupo na cidade, eu e o Pedro fomos acompanhar a Marta à Sydney Tower onde eu nunca tinha ido! A torre tem 305 metros e é a 2nd tallest free-standing structure da Australia.
É muito engraçado ver a extensão da cidade pelo meio das baías e lagos ao pôr-do-sol, ao mesmo tempo que as luzes se foram acendendo pelos edifícios. Claro que seria muito mais divertido fazer o Sky-walk, em que estamos pendurados por uns arnêses na parte exterior da torre, mas vai ter de ficar para uma segunda vez!
Logo aseguir fomos ter com o resto do grupo ao International Food Festival, que estava a decorrer em Hyde Park onde comemos singapureano, chinês,... e ainda tivemos a oportunidade de conhecer o primo da Marta que está cá a viver!
O festival estava muito bem organizado, com uma série de mesas espalhadas pelo relvado, onde ficamos até fechar, ou seja, até ás 9.30! (nisto eles são muito ingleses)
Hoje fomos abandonados pelo grupo que seguiu para a New Zeland! Talvez seja para a próxima que também façamos essa viagem!

domingo, 18 de outubro de 2009

I'm on a boat!

Esta semana fiz uma coisa que vos pode ser impensável... fui andar à vela.

Mas vá, não sou louco e não foi uma regata oceanica num barco gigante, foi uma coisa... mais... bem, calma não era...
Bom, para começar do principio, no domingo a seguir ao naufrágio, nós fomos passear lá abaixo ao parque de Double bay, e deparámo-nos com uma regata de skiff 18 na baia. Ficámos pelo parque a apanhar um sol, e entretanto eles voltaram para terra. Eu decidi tentar a minha sorte e abordei um que me pareceu simpático, e perguntei se ele sabia de alguem que precisava de um tripulante. Segundo ele, havia um deles que andava à procura de algúem com experiência. Eu dei-lhe os meus contactos, a pensar que talvez no proximo mês conseguisse ter resposta de alguêm. Na quarta dessa semana, telefona-me o James a perguntar se eu queria ir dar uma volta na sexta à tarde.
Chegado ao dia, lá estava eu às 12h no parque à espera que eles chegassem. Passam 10 min, 15 min, e nada. Telefoneu so para saber e disseram-me que eram só as 17h... deve ter sido da vontade de ir andar.
Às 5 da tarde, lá aparelhamos o barco e fomos dar uma volta pela baia. O vento andava por todos os lados, até para os padrões de Sydney bay, e conseguimos virar o barco e rasgar o spi. Isto tudo em 15 minutos. Mas eles disseram que a culpa não foi minha. Juro!!
Em terra, enquanto desmontavamos o barco, eles foram-me contando como funciona o circuito de Skiff 18.
Então é assim: O barco não é deles, aliás, nenhuma das equipas é dona do barco, nem têm de arranjar patrocinios, nem comprar o equipamento do barco. A classe 18 Foot Skiff Association é dona dos 22 barcos, obviamente uns mais velhos que os outros. Todos os anos renova as capações ds barcos, e os melhores são atribuidos às melhores tripulações, sendo que normalmente os top 4 têm barcos idênticos. As tripulações propõem-se a fazer a época, a classe entrega-lhes o barco. Tudo que as tripulações têm de fazer é guardar o barco em casa, mantêr o barco, e fazer todas as regatas da época, que são todos os domingos desde 15 de Outubro até 21 de Fevereiro. Segundo a minha tripulação, o custo por época ronda por volta dos $500 por tripulação. Uma pechincha para se andar à vela!

E porque esta trabalheira toda, perguntam vocês. Porque que carga de água haviam pessoas de se chatearam para fazer regatas para uns pobres coitados? Pondo de uma maneira mais prática, onde está o dinheiro? Pois bem, eles têm um ferrie alugado para que toda a gente possa ver as regatas. E apostar nos resultados. Sendo esta gente louca por apostas, isto é mais um pretexto para se embebedarem e gastarem pilhas de dinheiro a apostar quem ganha cada regata, ficando a casa sempre com uma boa fatia do bolo.

Moralmente, talvez possa ser um pouco repreensível, mas pelo menos assim eu posso fazer uma época de Skiff 18 sem estourar todas as minhas economia. Genial.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Exam and First days of Uni

Monday I woke up at 6.30am to go to the University. I can't remember when the last time that I got up so early was...
When I arrived at Uni I found a bunch of students expecting to be called so they could sit for the exam. I got myself in the line (agora em Português para não ferir sentimentos, 99% eram asiaticos!!! Eu era a UNICA não-asiática no meio de uns 100 alunos).
It was approximately a 3hrs exam of Listening, Writing, Grammar, Reading and a little interview that they decided to ignore. That said, I think it went ok.
After that we got a few minutes to make some friends and so I found (I swear I really had to look up for them) two pretty cool guys, a Hungarian girl and an Italian boy. After chatting a bit I came home... exhausted! hahaha
In the evening the result was on the internet: Of the 6 levels, I reached the top one! yeay!
Today classes began at 9am, like it will be in every other day of the week for the next 10weeks and I was explained what the UEEC consists.
I will have to present a 30mins seminar, as well as write a 3000 words essay about a subject related to my Master degree.
Well...Wish me luck!

sábado, 10 de outubro de 2009

AVISO

Possivelmente, alguns de vocês ouviram ou leram uma notícia vinda aqui de down-under, sobre um naufrágio que ocorreu durante uma regata nocturna, aqui em Sydney. Se viram essa notícia, podem ter reparado que o nome do barco era o mesmo nome do que estava no post da minha primeira regata desde que cheguei a este país.
Confirmo-vos aqui que estava no barco quando isto aconteceu, mas que felizmente não me aconteceu nada de grave, além de um grande susto e um pouco de frio.
Podem ver nas notícias que nem todos tivemos a mesma sorte, e fica aqui a minha palavra de condolências para a família do Andrew Short, o skipper do barco, e que me trouxe para a tripulação, e para a família da Sally Gordon, velejadora que foi da tripulação do Skandia com quem partilhei alguns momentos de conversa antes da regata.
Foi uma combinação de condições duras, mas não extremas, que desencadearam uma série de acontecimentos que culminaram neste terrível acidente.
Obrigado pela preocupação, e aqui fica a confirmação de que estou bem.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Another Trekking in Sydney!

Optámos por um dia de trekking, mesmo quando o tempo não era o melhor. Quando apanhamos o barco para o Taronga Zoo agora caia chuva miúda, mas mal atracamos, depois de um capuccino (eu estava literalmente a dormir em pé) a chuva parou, e o céu começou a limpar.
Iniciamos então o novo trekking até Mosman, Norte de Sydney.
A ideia era fazer os 7kms que vimos no mapa serem ao longo de Parque Naturais. Sem saber o que nos esperava, lá começamos a caminhada que previamos ser de 2 horas.
O percurso é todo ele feito junto ás enseadas da baía de Sydney. As vistas são espectaculares, sempre com o CBD, Opera House e Harbour Bridge á vista, do outro lado do azul.
Pelo meio estão placas com relatos da História desta cidade. Desde a morte dos aborígenes com doenças trazidas pelos europeus, passando pela II Guerra Mundial, onde vários submarinos Japoneses frustrantemente foram apanhados dentro da baía, sem nunca chegar a completar as missões que lhes foram incumbidas, até aos animais que ainda povoam estes parques.
O pavimento variava de terra, poças e troncos a modernos passadiços de madeira. Não foi dos mais difíceis que fizemos até agora, até porque não existem assim tantos desníveis (não estamos a dizer que estes não existem! Simplesmente não nos esgotaram tanto como outros).
Como já entramos na primavera, encontramos imensas flores e plantas pela "floresta", cheias de cores e diferentes formatos. Havia zonas então que transbordavam de perfume!




Pelo meio também descemos para algumas praias "desertas", onde temos a certeza que se está muito bem no verão. Protegidas por plantas e árvores, refrescando o calorão que aqui faz nessa altura. Temos de experimentar.
A certa altura passa-se por uma zona do parque queimada. Ficamos tristíssimos a achar que alguma desgraça tinha ocorrido recentemente. Mais à frente lá percebemos que foram feitas queimadas controladas, para gestão da floresta. Estavam portanto a prevenir maiores tragédias caso ocorresse um verdadeiro incêndio.
Pelo parque todo vimos vários lagartos GIGANTES mas muito calminhos. Mesmo quando não estava ninguém perto de nós, o que acontecia frequentemente, ouvíamos vários deles a mexer perto de nós! Consegui aproximar-me o suficiente deste em baixo, só para que pudessem ver-lhe a cara!

Esta Pequena formiguinha, como devem calcular, de pequenina não tinha nada! Chamou-nos precisamente a atenção por ser de um tamanho surrealmente grande! Acho que ela conseguiria comer aranhas se quisesse!
Perto da hora de almoço, chegamos a Chowder Bay. Uma zona militar, com um simpático jardim onde abancamos para comer as sandwishes.

Ainda aproveitamos para dar uma volta por esta zona e ver as antigas instalações do exército. Estava tudo em bastante mau estado, mas com excelentes projectos para o futuro. Prevê-se uma restauração completa dos edifícios pré fabricados, para fins educativos. Ainda tentámos espreitar por uns recantos mais escondidos, mas lá estava a placa a dizer: No Traspassing, forbinen non military! ... e nós claro...não gostamos de abusar da sorte! hahaha

Por fim, já ás 4.15... apresentávamos a 7kms de distancia do barco que nos levaria de volta á cidade, e começa o céu a ficar preto. Pouco a pouco começa a chover... subindo de intensidade a cada metro percorrido, e luzes à distância. Sim, relâmpagos a aproximarem-se de nós a passos largos! Eu, obviamente, entro em pânico e penso seriamente em correr esses 7kms que nos faltavam, mas o Pedro, com toda a sua calma e serenidade, lá me convenceu a irmos andando, apenas, rápido!
Chuva torencial, trovoada, relâmpagos...

Não querendo prolongar a história, lá chegamos ao barco, não sem antes corrermos uns bons metros (400 no mínimo) e o Pedro gritar para não levantarem mais nenhum passadiço para o barco que já apitava em sinais de partida, completamente ENSOPADOS e com toda a gente a olhar descaradamente para nós com uma certa incredulidade!
How good is to be home!!!