segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

6 months married - Palm beach

Este fim-de-semana foi o primeiro em que tínhamos viatura, e que houveram férias das regatas de skiff. Mas isso é tudo altamente secundário para o fim de semana que marcou os nossos 6 meses de casados.
Juntando o útil ao agradável, e visto que a previsão para o fim de semana ser de sol e calor, decidimos subir pela costa, armados de pranchas de surf. E assim partimos no sábado, depois de vermos 4 casas (!!), para Palm Beach.
Chegámos por volta das 3 da tarde, com um bruto calor, mas infelizmente o cenário não era o melhor para o surf, com umas ondinhas que só serviam para as crianças.
De qualquer maneira, ficamos pela a praia, a apanhar uns raios, e dar uns mergulhos na agua quente.
Como não podia faltar, ainda demos um passeio por esta praia enorme, com vistas fabulosas.Essa noite, apesar de estarmos a 1h de casa, decidimos ficar por lá a dormir. Após uma ligeira discussão, em que eu advogava que deviamos ir para um parque de campismo, e a Mariana a querer ficar pela praia à ilegal, acabou por ganhar esta última opção. No parque que escolhemos, não se pagava entre as 9 da noite e as 6 da manhã. Haviam por lá mais 4 ou 5 campervans como nós, a fazer jantar cá fora, sentados ao relento. Isto enquanto nós nos sentíamos como uns reis a cozinhar dentro da carrinha, longe da chuva que entretanto tinha começado a cair.
A noite foi um pouco agitada, a estranhar um pouco a carrinha. Eu dormi mal entre as 12h e as 3 da manhã, e a Mariana pegou no turno às 6, em paranóia porque o parque era pago a partir dessa hora. A cada surfista que aparecia para a matinal, a Mariana acordava porque achava que era um polícia a multar-nos.
No dia seguinte estava coberto e cinzento, e ondas ainda piores (apesar do enorme grupo de surfistas) então fomos ao farol.
O caminho até lá a cima tinha de se fazer a pé, e então enchemo-nos de coragem e atirámo-nos ao trilho.Pelo meio, fomos vendo a bicharada, entre os quais um possum bébé, com tanto medo de nós que se enrolou numa bola de pêlo, a fingir que não estava ali.
E pois claro, tirámos MUITAS fotografias, em tudo que era pose e cenário.
(Igual ao Atlas. Maybe not...)
A que ganha o prémio do dia foi esta em baixo, tirada por um amigável turista, com um talento latente por fotografia. Tirou uma só fotografia, e foi esta que ficou. Nem tentámos tirar melhor!Lá em cima, demos uma volta pela casa do faroleiro, desocupada mas bem mantída. Deu para imaginar como os solitários "Lighthouse Keepers" viviam aqui antes de isto ser tão habitado como é hoje em dia. Havia ao lado do farol uma placa de ferro em cima de uma pedra, com rectas a marcar os alinhamentos com os muitos cabos, praias, e ilhas que rodeiam aquele ponto.
Todo este farol, a casa, e a estrada até ao pico foram construídos por homens e cavalos a puxar os materiais encosta acima, tudo com arenito tão abundante na zona. Faz impressão pensar no esforço que deve ter sido preciso para subir este trilho vezes sem conta, durante anos até o farol estar completo!
O tempo não melhorou, e então explorámos um pouco estas praias, menos desertas do que parecem nestas fotos.

Hoje em dia, há uma comunidade bastante organizada que mora nesta zona, composta maioritariamente por "sydneysiders" nas suas casas de fim-de-semana. Toda a zona é uma língua de terra, com mar e praias de um lado, e uma enorme baía do outro, que se liga ao mar no ponto onde está o farol. Perto do farol, existe um clube de golf, várias marinas, e clubes de surf. Ou seja, entretenimento para a família toda!O resto do dia, passámos de praia em praia a descobrir o que esta costa tem para nos oferecer. Ficámos espantados ao perceber que a cada enseada com uma praia, por muito pequena que fosse, tinha uma piscina oceânica, sempre com gente a nadar e crianças a mergulhar.Findo o dia, já de volta a casa, fomos celebrar os 6 meses a um restaurante indiano, onde comemos lindamente, e ainda fomos surpresos pela Emanuela, uma descendente de Portugueses (e australianos) nascida em Perth, mas emigrada por uns anos em Portugal. Descobrimos este achado porque a simpática senhora nos trouxe dois copos de vinho como oferta.
Em qualquer canto do mundo, há um Português!