Mais três meses se passaram sem actualizações, e apesar deste blog estar quase a ter data de terminação, ainda quero aqui deixar testemunhos e experiências destes últimos tempos!
O mês de Abril foi a loucura total em termos de trabalho. Eu de barrirão de 8 meses a aceitar tudo o que me caia ao colo, desde levantamentos arquitetônicos a mansões, como Licenciamentos rápidos de restaurantes, casas, estúdios, etc No dia que entreguei o ultimo trabalho, numa sexta-feira à noite, já sabia que tinha sido o ultimo, não havia duvida que o bebe estava mesmo a querer saltar cá para fora. E assim foi, 4 horas depois da entrega entrei em trabalho de parto, e nessa mesma madrugada o bebe nasceu. O bebe surpresa é.......... outro menino!!!! E agora somos uma equipa de futebol de 5.
O bébé é santo, mas o primeiro mês foi caótico. Se não fosse a minha querida mãe ter vindo ao meu socorro, não tinha corrido tão bem. Entre os manos habituarem-se ao bebe, o bebe habituar-te a todos, procurarmos apartamento novo pois tínhamos de mudar antes das férias em Portugal, a mudança feita em 1 tarde, 3 dias depois da nossa aplicação ser aceite, nós habituarmo-nos à casa nova, e desabituarmos-nos da casa velha, o Duarte começar escola nova, e a minha mãe ir embora, os 30 dias do mês passaram num 'abrir e fechar de olhos'. Isto tudo a passar manhãs e tardes fora de casa para cansar os mais velhos que precisam de ar livre e de correr, e os fins-de-semana em festas de aniversário...
Com tudo o que se passou quase não consegui namorar decentemente o Martim.... o nosso bebe lindo que chegou com 3.70kgs, no Royal Hospital for Woman.
Foi a primeira vez que fiz seguimento pelo publico, e acho que vale a pena escrever aqui um bocadinho das diferenças publico/privado que senti (experiência própria claro) para quem tiver duvidas.
Resumidamente há 3 opções para se ter um bebé aqui (se tiver Medicare, ou seja, seja cidadão ou residente permanente): pelo sistema público de saúde, pelo sistema público de saúde em conjunto com um clínico geral, ou pelo sistema privado.
Pelo sistema público, conhecido como “Medicare”, não há quase gastos nenhuns pois o governo cobre as consultas, hospital, o parto e a maioria dos exames. A diferença é que nas consultas, a gravida é normalmente atendida por uma parteira (midwife) e não por um médico, isto se for de baixo risco. Este foi o meu caso. Em toda a minha gravidez, nunca fui vista por nenhum médico. Fui no entanto atendida pelo midwifery Group que me disponibiliza uma midwife para toda a minha gravidez. Não tem fila de espera para ser entendida, e a midwife conhece-nos bem. Através deste sistema também não se tem escolha sobre o tipo do parto que se quer, ou seja, será sempre um parto natural, a não ser que haja alguma complicação... aí entra o obstetra que está de serviço. No entanto pode-se escolher ter o bebe naturalmente sem drogas, com epidural ou na agua. Este é o sistema com mais nível de satisfação na Australia.
Pelo sistema público, conhecido como “Medicare”, não há quase gastos nenhuns pois o governo cobre as consultas, hospital, o parto e a maioria dos exames. A diferença é que nas consultas, a gravida é normalmente atendida por uma parteira (midwife) e não por um médico, isto se for de baixo risco. Este foi o meu caso. Em toda a minha gravidez, nunca fui vista por nenhum médico. Fui no entanto atendida pelo midwifery Group que me disponibiliza uma midwife para toda a minha gravidez. Não tem fila de espera para ser entendida, e a midwife conhece-nos bem. Através deste sistema também não se tem escolha sobre o tipo do parto que se quer, ou seja, será sempre um parto natural, a não ser que haja alguma complicação... aí entra o obstetra que está de serviço. No entanto pode-se escolher ter o bebe naturalmente sem drogas, com epidural ou na agua. Este é o sistema com mais nível de satisfação na Australia.
Pelo sistema conjunto (Medicare e clínico geral), pode ser publico ou não. Caso seja no hospital publico, os custos estão cobertos. Caso a grávida escolha um GP (General Practicioner) fora do hospital, normalmente a pessoa terá gastos referente às consultas com esse médico, sendo que o Medicare cobre parte das mesmas. No caso do parto, também será á partida natural, a não ser que haja complicações.
Pelo sistema privado convêm a gravida ter um seguro de saúde privado. Aqui a grávida é seguida por uma ginecologista/obstetra durante toda a gravidez, e este será também o mesmo médico que estará presente na hora do parto. O hospital também será particular ou se o hospital escolhido for público, a grávida será tratada como paciente particular. Mas antes de escolher o médico, é preciso escolher o hospital, que aí sim, disponibilizará a lista de obstetras que lá trabalham e a grávida pode então escolher o medico que prefere. A vantagem desse sistema é o atendimento personalizado durante toda a gravidez e o conforto de saber que será o médico que acompanhou a gravidez toda que estará a fazer o parto. A desvantagem é o custo. Mesmo com seguro de saúde privado a pagar parte dos gastos com consultas, exames e parto, ainda assim, a despesa do próprio bolso pode variar de 6.000 a 10.000 dólares.
Eu fui acompanhada pelo privado com os primeiros filhos, e publico sem risco com o ultimo, e devo dizer que correu tudo muito bem com todos. No entanto, o acompanhamento pelo fez com que eu tivesse a epidural à hora que quiz, enquanto no publico tive de dizer à midwife a meio da noite que estava a ir para o hospital porque o bebe ia nascer. O que aconteceu foi que ela não acreditava em mim e achou que eu estava muito calma para quem estava em trabalho de parto, e sugeriu que eu ficasse em casa até ao dia seguinte, coisa que não fiz. Fui para o hospital e menos de 2 horas depois o bebe já tinha nascido. Tive de passar por todas as dores de parto possíveis para só ter a epidural para empurrar... não fiquei nada contente com esta parte, mas aqui está o meu bebe, cheio de saúde para contar a historia!