quarta-feira, 7 de julho de 2010

Macau

Acordamos no dia seguinte esgotados com as pernas a pesar e os olhos a não querer abrir. Tomamos um pequeno almoço reforçado com cereais com leite, torradas, chá, waffles, sumos, pettit pains e fruta, e metemo-nos a caminho. Nos primeiros segundos depois de atravessar a porta do hotel confrontamos o calor e humidade extremos outra vez. As primeiras golfadas de ar são dadas com dificuldade mas depois tudo volta ao normal. Atravessamos Tsim Sha Tsui já com mais gente nas ruas por ser fim de semana, compramos o bilhete de barco por 20€, adormecemos 50minutos e voalá, benvindos a Macau.Em Macau os primeiros passos são: preencher Visto, carimbar os passaportes e ir directo ao posto de informação buscar mapas. Aqui conhecemos duas turistas Portuguesas com quem iríamos passar o dia todo a passear. Decidimos todos juntos que íamos começar pelo fishermans Wharf e depois seguíamos are ao centro histórico. Como bons atletas que somos todos decidimos fazer a península toda a pé em vez de apanharmos os famosos triciclos que eram usados há uns anos atrás regularmente como meio de transporte por toda a gente.A península de Macau tem 27,5kms2 e esteve sob o domínio dos Portugueses durante 450 anos, ate 1999. A população é 95% chinesa, moeda é a Macanese Pataca, as ruas têm nomes Portugueses e as matriculas também são portuguesas.

A doca dos pescadores roubou 112 hectares ao mar e foi construída para albergar casinos, atracções, hotéis, lojas e restaurantes. É um enorme parque temático que faz lembrar Las Vegas (nunca lá fomos mas pelas descrições confere), cheio de edifícios italianos, gregos, egípcios, portugueses, holandeses, etc Estivemos por aqui um bocado a tentar apanhar qualquer bocado de sombra que surgisse e a tentar decifrar o porquê de um espaço tão excêntrico no meio de Macau.
Dalí seguimos para o jardim das artes. Este jardim contém jardins florais, fontes e estatuária, estende-se ao longo da Avenida da Amizade, dividindo o Jardim Ho Yin e o Jardim Dr. Carlos. Aqui paramos um bocado e depois seguimos pela Avenida da Amizade para o centro historico.Pelo caminho passamos pelo hotel Lisboa e o Casino Grand Lisboa. O edificio em forma de lotus é absolutamente horroroso mas vale mesmo a pena ir ver. Quando entramos lá dentro nem queríamos acreditar nas milhares de pessoas que lá estavam, à 1 da tarde, gambling! Atravessamos aquela multidão de gente e fomos procurar uma pastelaria chamada "Caravela" que estava bem conceituada no lonely Planet. A ideia era conseguirmos para com uns locais da comunidade Portuguesa e ainda aproveitar para comer uns folhados de salsicha.

As pessoas que encontramos desta comunidade foram a maior desilusão. Antipáticas, de nariz empinado e claramente mal com a vida. Os únicos sorrisos que eram sacados eram quando viam outro português qualquer da comunidade a passar. Um decepção. De qualquer das maneiras desforramo-nos nuns folhados com chouriço e numas tostas mistas que eram de se chorar por mais!Apartir daqui entramos no centro histórico. Ruas estreitas, praças e largos com calçada Portuguesa, edifícios tradicionais, igrejas, casas, fortes, etc tudo lembra cidades Portuguesas. O ambiente é óptimo, o comercio apelativo cheio de frutarias, carpintarias, venda de pasteis de natas, tiras de carne seca, sumos, etc.
Percorremos algumas ruas até chegar as famosas ruínas de S.Paulo com uma imponente fachada de granito e a escadaria monumental de 68 degraus.
Visitamos a cripta, subimos para a fortaleza do monte, percorremos o forte, descemos umas enormes escadas e perdemo-nos. Fim da tarde, o sol a por-se e nós perdidos no meio de Macau, em ruas com prédios já antigos, não com muito bom aspecto e muitos cães por toda a parte. À terceira pessoa abordada lá nos situamos e seguimos pelo cemitério de S. Miguel Arcanjo e chegamos á Tap Seac Square. Aqui estava a haver uma feira de artesanato e foi aqui a nossa ultima paragem. Depois voltamos a perdermo-nos e andamos andamos e andamos durante horas.
Eventualmente encontramos o caminho de volta para o cais, e já de noite despedimo-nos da Andreia e da Gabriela que fora óptima companhia, e metemo-nos no ferry de volta a Hong Kong com mais uns carimbos no passaporte.Macau apesar de pequeno, foi onde nos divertimos mais. É muito engraçado ver coisas tão portuguesas tão longe do nosso país. Talvez por isso tenhamos achado que tinha mais carácter que Hong Kong. Por outro lado... a ilha de Hong Kong tem áreas mais rurais e menos habitadas que gostávamos de ter conhecido e não conseguimos, o que faz da ilha mais completa.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Férias em Hong Kong

As férias em Portugal foram curtas mas óptimas! Claro que não deu para estar com toda a gente... mas tentamos completar os dias o melhor possível. A verdade é que no segundo que nos estamos a despedir já estamos com saudades!
Decidimos então que desta vez, em vez de virmos directos para Sydney iríamos passear a Hong Kong e Macau, as duas "special administrative regions of the People's Republic of China". Com MUITA sorte o voo de Londres para Hong Kong foi feito em Business. Por alguma razão decidiram que merecíamos fazer uma viagem de 14 horas deitados, tal qual estivéssemos numa cama, e a ter refeições confeccionadas por verdadeiros chefes e cozinha. O que é que podíamos querer mais?Aterramos em Hong Kong ás 7.30am debaixo de uns 32 graus húmidos de calor que nos derretiam os ossos. Mochilas ás costas, e começamos a explorar ilha. A moeda usada é o Hong Kong Dolar que se divide +\- por 10 para equivaler a Euros e é das cidades mais populadas do mundo com 6200 pessoas por km2.As primeiras impressões foram de uma cidade cheia de arranha céus, limpa, com muito barulho e sem absolutamente ninguém. Sentados num pequeno jardim em Tsim Sha Tsui, desesperados de cansaço e calor, já a pensar que o melhor era apanhar o próximo avião para Sydney, tentamos perceber onde estariam as outras 7 milhões de pessoas?! Continuamos pela baía, vimos alguns museus pelo exterior, atravessamos pontes, andamos andamos andamos. Já com as costas em papa e água a escorrer da cabeça aos pés decidimos entrar numa estação de metro que nos levaria para Central, ponto de acesso a muitos locais turísticos...Ahhhhhh!!! Centenas de pessoas em passadeiras, escadas rolantes, dentro do metro (o que nos dificultou bastante a entrada neste meio de transporte), nas paredes e a sair do chão. É obvio que estão todos no underground, afinal de contas com ares condicionados a 18º SÓ aqui é que se consegue respirar. Este foi o ponto de viragem da nossa viagem!
Sempre com um copo de gelo na mão que pouco durava mas nos mantinha vivos percorremos o resto da cidade toda! Subimos ao The Peak para ver a cidade de fora, com prédios enormes a nascer no meio de uma imensa vegetação! Apesar de não termos descido até á cidade no teleférico fizemos um bocado da descida a pé, pela sombra e a paisagem é linda!

(a minha fotografia preferida)

Depois voltamos a central onde nos passeamos por ruazinhas mais típicas, cheias de comercio e já mais sujas, mas que adoramos pelo facto de tudo ser chines! Dali seguimos para Stanley Market onde iríamos ver o mais famoso comercio tradicional num género de souks marroquinos. Segundo consta é um "a não perder!". Apanhamos então o autocarro de 2 andares (como todos os outros autocarros da zona), também este com ar condicionado, e seguimos pela encosta fora, com paisagens lindas e um por do sol ainda mais bonito. 1h depois chegamos ao tão esperado market. Logo deparamo-nos com uma zona de praia, alguns barcos de pesca, tudo com muito bom aspecto e muito bifes residentes (?!) onde está o mercado? pois é.... o mercado fechava ás 6pm e já eram 7pm. Aqui o cansaço venceu e perdemos o animo... estávamos a 1hora e meia do hotel e nem tínhamos visto o market que nos foi tão bem vendido por muitos... optamos por jantar alí mesmo. O dum sim basket e o sweet and sour pork meat numa esplanada em cima de um arranjado paredão em cima da praia e a fresca brisa do mar animaram-nos. Afinal estávamos em Hong Kong e tínhamos de aproveitar ao máximo. Com coragem voltamos para o autocarro que agora se encontrava vazio e fizemos 1h de viagem em grandes gargalhadas (desconfio que nos puseram qualquer coisa na comida).

Seguimos directos para o temple Street market! Agora todos os 7 milhões de habitantes estavam na rua, a cidade transforma-se e parece que estamos em New York!(fotografias da internet)
Comercio por toda a parte a vender tudo e mais alguma coisa. Entre muitos chineses a vender comida na rua e Indianos a querem fazer-nos Nice Suites, a vender copied watches e alguma droga, a noite passou-se por entre barraquinhas e ruas, sem darmos pelo tempo passar. Como não somos grandes fãs de compras e como também chegamos à conclusão que era um mito o "É TUDO MUITO BARATO" perdemo-nos a olhar extasiados para tudo o que se passava à nossa volta. Aqui sim sentimo-nos na china que vemos nos filmes!Não me lembro de ter chegado ao hotel, só me lembro que nos doía os pés e que estávamos mortos! Infelizmente não conseguimos ir ver o Giant Buda nem fomos a tempo de Aberdeen uma vila pescatória da ilha mas deitamo-nos já a pensar no dia seguinte que iria ser passado em Macau, mas isso... isso já é outro Post!