quinta-feira, 18 de novembro de 2010

6th Day - Lake Matheson and Seal Colony

A zona do fox glaciar tem imensas coisas para se fazer.  Voar em cima do glaciar, fazer escalada pelo glaciar e apenas contemplar o glaciar são exemplos. However, em vez de irmos escavar na neve, decidimos fazer dois trekkings aqui na área. Um foi no lake Matheson, e o outro até à seal colony.

O primeiro foi facílimo. Era só de 1 hora e pouco, pouco inclinado, e a ideia do trekking é tirar fotografias do reflexo das montanhas no lago. Infelizmente como saímos por volta das 9am e não ás 6am já apanhamos algum vento no lago, que não deixava a imagem de espelho perfeita. 
De qualquer das maneiras foi o sitio onde estivemos até agora onde se viu mais gente! Essa rápida caminhada feita atiramo-nos para o trekking que nos levaria até uma colónia de focas.




Nunca na minha vida inteira pensamos vir a passar por isto! Ao principio achamos que ia ser uma caminhada normal, como aliás o nome dizia. Começava com uma estrada de terra, depois passávamos por uma mina de ouro abandonada e depois então chegávamos a uma praia. Praia??? Onde está o branco da areia, o azul do mar, o paraíso associado com uma praia? Não, esta praia fazia lembrar o domínio do Scar, Leão mau do Lion king! Depois atravessamos uma ponte restrita ao peso de 1 pessoa sobre um lago, e finalmente chegamos há floresta, onde o trekking mais propriamente dito começava.

Ao longo das 2 horas de caminho até à colónia fomo-nos apercebendo da dificuldade da coisa. Horas e horas a subir, com poças enormes no chão que tínhamos de ultrapassar. As técnicas de passagem eram encontrar pedras ou tentar equilibrar por uns troncos que para la nadavam. Pois... nadavam... a conclusão foram as calças,  os ténis, as meias e os pés completamente todos pretos e enlameados. Claro claro, parece tudo muito aventureiro. Nós os dois sozinhos, no meio de uma floresta intacta pelo Homem, com um trekking que não tinha nada de caminho com o intuito de chegar a uma colónia de focas. Mas a realidade era isto tudo, mais o facto da floresta não ter um único animal para nos distrair das longas horas de caminho. Quando lá chegamos nem queríamos acreditar... FINALLY!!!

 
 
 
 

 As focas eram giríssimas! Uma ficou a poucos metros de nós a olhar intensamente como que a estudar-nos (elas têm um olhar muito intenso!). Quando essa decidiu tomar banho o Pedro pensou “pronto, é a nossa oportunidade de ir ver atrás daquelas rochas as centenas de focas!” (proibido claro). Começou a andar devagar.... sempre a olhar em frente.... viu várias cabeças deitadas nas rochas a poucos metros dele e eu claro, que estava a ver toda a cena de mais longe, vejo um mega barril de 2m e 200kgs a levantar-se por detrás de uma rocha, nas costas do Pedro! Berro solto corremos todos dali para fora e a dita foca gigante fica a poucos metros de nós onde finalmente entra para dentro de água! QUE MEDO! Uma foca destas arranca duas pernas no mínimo! Anyway... valeu logo a viagem a esta praia para ver as focas. São animais giríssimos apesar de cheirarem mesmo mal.

 
 

O caminho de volta fez-se bem melhor! Era já quase tudo a descer, as poças estavam mais secas, nós já não ligávamos ao facto de nos sujarmos mais, e ainda tínhamos o almoço na barriga! Ahhhhh.... como é que alguma vez nos tínhamos queixado deste percurso? Chegamos ao carro estoirados mas muito contentes e assim prontos para partir para o próximo Stop, Hokitika!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

5th Day - Lake Wanaka and West Coast

Que bom que foi acordar em frente ao Lake Wanaka com um solão a aquecer a carrinha! Levantamo-nos na maior das calmas e ficamos pela primeira vez, sem pressas, a tomar um longo pequeno almoço em frente ao lago. Quando decidimos que estávamos descansados o suficiente fomos para a parte principal do lago alugar um kayake.
  
Já andamos outras vezes de kayake, mas nenhuma foi como esta. A água do lago é completamte transparente e a costa verde, sem quase ninguem. As pessoas que vivem nesta zona bebem directamente desta água de tão pura que é! Depois de 1 hora a remar, e já cheios de calor, decidimos ir tentar uns mergulhos. Apesar da água estar optima enquanto estavamos a remar, agora parecia bem mais fria! Ainda assim, pedro mergulhou inteiro, e Mariana mergulhou a metade. 
 


Soube muto bem passar a manha dentro de água e a apanhar sol junto ao lago. Isto de andar 400kms por dia é muito giro mas moe bastante. Assim, estendemos a nossa estadia até a meio da tarde, e só então decidimos partir para a West cost, em busca de Fox Glacier.

O bom deste país em relação ás estradas é que só há 1 estrada a ligar os pontos principais, e sendo assim nem é preciso GPS. Saimos do centro das vilas (1 estrada e edificios à volta) e só temos de decidir para que lado da estrada continuar. Isto é o que temos estado a fazer, e foi o que fizemos hoje mal saímos de Wanaka.
  
(Pedro found THE RING)

O caminho até Fox Glacier tem duas partes: uma muito gira cheia de cataratas e florestas, e outra muito inospita já na west cost, onde não se vê absolutamente nada nem ninguém. Tudo fez lembrar um país subdesenvolvido mas sem habitantes. Muita humidades, muitas moscas e mosquitos, muitos troncos no chão e os unicos cabos de telefone e electricidade que acompanhavam a estrada estavam cobertos de ferrugem. Não era portanto dos sitios mais apelativos onde estivemos. Mas em contrapartida, a primeira parte é Top e com extra de ataques inigualaveis de sand flys!!

 
 
 
 Chegamos já tarde a Fox Glacier e com a nossa chegada vieram umas nuvens. Não sabemos se o tempo melhorará ou não amanha mas as boas noticias é que não há sinal de chuva.
 Fact 1: este povo faz rotundas com linhas de comboio a atravessa-las pelo meio. Fica então 2 vezes mais provável ter-se um atropelamento!

4th Day - Milford Sound, Te Anau and Lake Wanaka

Acordamos e lá fora está frio. Sol, mas frio. Ficamos felizes por estarmos a ter esta sorte incrível. Não só da viagem claro, mas do tempo que segundo consta é sempre SEMPRE de chuva. Começamos o caminho de volta até Te Anau e paramos em mais lookouts que tínhamos decidido ignorar na ida para baixo. Nem uma hora depois estávamos em Te Anau a tentar ir visitar as grutas  de Gloworm. Este foi o primeiro dos nosso insucessos. Como só dá para ir de barco e os tours só começam ás 2h da tarde tinhamos de deixar passar. A senhora do ponto de informação muito prontamente tratou de explicar que “se já foram a Milford Sound não perdem nada! Nem vão achar graça!”. Mas nós iamos achar graça como achamos sempre...
Fizemo-nos então à estrada depois de um pequeno passeio pela aldeia. A estrada escolhida desta vez foi uma estrada que subia a ziguezaguear enormes montanhas que de inverno são estâncias de ski para 60kms depois culminar no Lake Wanaka. De x em x quilómetros encontramos pequenos aglomerados de casas a anunciar challets de luxo que agora se encontram fechadas. Onde encontramos um mapa das estâncias de ski percebemos que as pistas são quase todas pretas. Mmmmmmmmmmm.... isto não é “para meninos”!

Chegados ao Lake Wanaka aproveitamos para não fazer nenhum. Vimos uma exposição sobre os animais desta área e deitamo-nos em frente ao lago gigante onde um grupo de backpackers apanhavam sol de fato banho, um grupo de miudos saltava do pontão para a água e dois estrangeiros nadavam. À volta só vemos montanhas com neve. 
Wanaka tem cerca de 7000 pessoas mas desconfiamos que sejam só uns 2000 na época de verão. É das vilas mais populadas que vimos desde que chegamos a este país. Ambiente de verão, tudo a beber cervejas na esplanada do pub, e um ambiente tranquilo. 
 
Escolhemos um camping afastado da vila, junto ao lago, onde chegamos por um caminho de terra batida. Mais uma vez estou a escrever de um sitio privilegiado, em frente a um lago enorme, rodeado de glaciares, onde estiveram até há bocado duas pessoas a andar de windsurf. 

Fact 1: Não existiam mamíferos nativos na Nova Zelândia sem ser alguns morcegos.

Fact 2: Os Maori chegaram à ilha há cerca de 1000 anos e extinguiram logo as Moas (animais parecidos com as avestruzes). Deduzimos que tenha sido por não haver absolutamente mais nada para comer.

Fact 3: Tirando as focas, pinguins e alguns pássaros todos os outros animais foram introduzidos pelo homem.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

3rd Day - Milford Sound

Nem sei por onde começar a descrever este dia. Apesar de ter sido o que começou pior, foi de longe o que mais superou espectativas e o que mais nos deslumbrou!
Acordados em Queenstown tinhamos cerca de 4 horas de caminho até chegar a Milford Sound. Mal ligamos a carrinha reparamos que a luz do motor estava ligada e não parecia querer desligar-se. Como a temperatura estava normal e não se ouviam barulhos estranhos ficamos ainda mais intrigados e ligamos ao centro de ajuda. Daqui enviaram um indiano que foi muito rápido a chegar e ainda mais rápido a tirar conclusões. Olhou para o simbolo e disse: pois, vão ter de ir para o aeroporto. Uma vez no aeroporto (5mins dalí) nem para a carrinha olharam e disseram: pois, tem de ir para o mecanico. Uma vez no mecanino (2mins dalí) olharam para a carrinha, testaram e disseram: pois, não liguem a isto, é só um defeito no sensor! E assim começaram as nossas 4 horas de viagem até Milford Sound...

O caminho em si já é o programa do dia. Foram as paisagens mais deslumbrantes que vimos na vida e nenhum conjunto de palavras vai conseguir descrevê-lo. A cada 20kms há um lookout diferente com vistas para as florestas, ou para as montanhas, ou pra rios, ribeiras, lagos, para paisagens secas, para paisagens vivas, etc a cada metro que nos aproximamos desta aldeia na terra dos fiordes as vistas melhoram!

 
 
 Quando chegamos ao tão esperado sitio reparamos que não era uma aldeia mas apenas um conjunto de 3 edificios: centro de informações, lodge e um wharf station. Tudo o resto era o mais próximo to wild nature as possible. Compramos os bilhetes para o “discovery nature” boat trip e lá fomos nós por duas horas e meia. 
 
O pequeno barco encarnado não estava nem cheio nem vazio. As idade das pessoas variava entre uns 22 e 32 talvez e eram todos impecáveis. O tempo estava impecável mas quando vem sol, vem vento, e o resultado é um frio indescritivel (apesar de umas bifas andarem de calções). Casacos, gorros e cachecol vestidos, o barco partiu. A viagem fica relatada em fotografias e só podemos confirmar que ver focas e piguins de tão perto, “tomar banho” de cascatas e ver picos tão grande à nossa volta tão naturais fez com que tivéssemos a certeza que tivesse sido esta a melhor viagem de sempre!
 

Fact 1: O Captain Cook foi o primeiro a passar por lá mas não desembarcou porque achou que era só uma pequena e insignificante baía.

Fact 2: As focas que vimos eram adolescentes e tinham sido espulsas da colonia. Agora este ano voltam menos imaturas, grunhem um bocado mais alto, e ganham espaço na colonia outra vez, com direito a 17 namoradas cada um!

Fact 3: As camadas das montanhas são 5 camadas de épocas glaciares diferentes!

Acabada a volta de barco subimos à procura de espaços destinados para camping naquela zona, completamente into the wild. 

 Acabamos por passar a noite numa baía em frente a um lago com montanhas à volta, apenas com mais 2 campervans na área. Cozinhamos salsichas (das boas!!!) com feijão e good night milford...