quarta-feira, 17 de novembro de 2010

5th Day - Lake Wanaka and West Coast

Que bom que foi acordar em frente ao Lake Wanaka com um solão a aquecer a carrinha! Levantamo-nos na maior das calmas e ficamos pela primeira vez, sem pressas, a tomar um longo pequeno almoço em frente ao lago. Quando decidimos que estávamos descansados o suficiente fomos para a parte principal do lago alugar um kayake.
  
Já andamos outras vezes de kayake, mas nenhuma foi como esta. A água do lago é completamte transparente e a costa verde, sem quase ninguem. As pessoas que vivem nesta zona bebem directamente desta água de tão pura que é! Depois de 1 hora a remar, e já cheios de calor, decidimos ir tentar uns mergulhos. Apesar da água estar optima enquanto estavamos a remar, agora parecia bem mais fria! Ainda assim, pedro mergulhou inteiro, e Mariana mergulhou a metade. 
 


Soube muto bem passar a manha dentro de água e a apanhar sol junto ao lago. Isto de andar 400kms por dia é muito giro mas moe bastante. Assim, estendemos a nossa estadia até a meio da tarde, e só então decidimos partir para a West cost, em busca de Fox Glacier.

O bom deste país em relação ás estradas é que só há 1 estrada a ligar os pontos principais, e sendo assim nem é preciso GPS. Saimos do centro das vilas (1 estrada e edificios à volta) e só temos de decidir para que lado da estrada continuar. Isto é o que temos estado a fazer, e foi o que fizemos hoje mal saímos de Wanaka.
  
(Pedro found THE RING)

O caminho até Fox Glacier tem duas partes: uma muito gira cheia de cataratas e florestas, e outra muito inospita já na west cost, onde não se vê absolutamente nada nem ninguém. Tudo fez lembrar um país subdesenvolvido mas sem habitantes. Muita humidades, muitas moscas e mosquitos, muitos troncos no chão e os unicos cabos de telefone e electricidade que acompanhavam a estrada estavam cobertos de ferrugem. Não era portanto dos sitios mais apelativos onde estivemos. Mas em contrapartida, a primeira parte é Top e com extra de ataques inigualaveis de sand flys!!

 
 
 
 Chegamos já tarde a Fox Glacier e com a nossa chegada vieram umas nuvens. Não sabemos se o tempo melhorará ou não amanha mas as boas noticias é que não há sinal de chuva.
 Fact 1: este povo faz rotundas com linhas de comboio a atravessa-las pelo meio. Fica então 2 vezes mais provável ter-se um atropelamento!

4th Day - Milford Sound, Te Anau and Lake Wanaka

Acordamos e lá fora está frio. Sol, mas frio. Ficamos felizes por estarmos a ter esta sorte incrível. Não só da viagem claro, mas do tempo que segundo consta é sempre SEMPRE de chuva. Começamos o caminho de volta até Te Anau e paramos em mais lookouts que tínhamos decidido ignorar na ida para baixo. Nem uma hora depois estávamos em Te Anau a tentar ir visitar as grutas  de Gloworm. Este foi o primeiro dos nosso insucessos. Como só dá para ir de barco e os tours só começam ás 2h da tarde tinhamos de deixar passar. A senhora do ponto de informação muito prontamente tratou de explicar que “se já foram a Milford Sound não perdem nada! Nem vão achar graça!”. Mas nós iamos achar graça como achamos sempre...
Fizemo-nos então à estrada depois de um pequeno passeio pela aldeia. A estrada escolhida desta vez foi uma estrada que subia a ziguezaguear enormes montanhas que de inverno são estâncias de ski para 60kms depois culminar no Lake Wanaka. De x em x quilómetros encontramos pequenos aglomerados de casas a anunciar challets de luxo que agora se encontram fechadas. Onde encontramos um mapa das estâncias de ski percebemos que as pistas são quase todas pretas. Mmmmmmmmmmm.... isto não é “para meninos”!

Chegados ao Lake Wanaka aproveitamos para não fazer nenhum. Vimos uma exposição sobre os animais desta área e deitamo-nos em frente ao lago gigante onde um grupo de backpackers apanhavam sol de fato banho, um grupo de miudos saltava do pontão para a água e dois estrangeiros nadavam. À volta só vemos montanhas com neve. 
Wanaka tem cerca de 7000 pessoas mas desconfiamos que sejam só uns 2000 na época de verão. É das vilas mais populadas que vimos desde que chegamos a este país. Ambiente de verão, tudo a beber cervejas na esplanada do pub, e um ambiente tranquilo. 
 
Escolhemos um camping afastado da vila, junto ao lago, onde chegamos por um caminho de terra batida. Mais uma vez estou a escrever de um sitio privilegiado, em frente a um lago enorme, rodeado de glaciares, onde estiveram até há bocado duas pessoas a andar de windsurf. 

Fact 1: Não existiam mamíferos nativos na Nova Zelândia sem ser alguns morcegos.

Fact 2: Os Maori chegaram à ilha há cerca de 1000 anos e extinguiram logo as Moas (animais parecidos com as avestruzes). Deduzimos que tenha sido por não haver absolutamente mais nada para comer.

Fact 3: Tirando as focas, pinguins e alguns pássaros todos os outros animais foram introduzidos pelo homem.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

3rd Day - Milford Sound

Nem sei por onde começar a descrever este dia. Apesar de ter sido o que começou pior, foi de longe o que mais superou espectativas e o que mais nos deslumbrou!
Acordados em Queenstown tinhamos cerca de 4 horas de caminho até chegar a Milford Sound. Mal ligamos a carrinha reparamos que a luz do motor estava ligada e não parecia querer desligar-se. Como a temperatura estava normal e não se ouviam barulhos estranhos ficamos ainda mais intrigados e ligamos ao centro de ajuda. Daqui enviaram um indiano que foi muito rápido a chegar e ainda mais rápido a tirar conclusões. Olhou para o simbolo e disse: pois, vão ter de ir para o aeroporto. Uma vez no aeroporto (5mins dalí) nem para a carrinha olharam e disseram: pois, tem de ir para o mecanico. Uma vez no mecanino (2mins dalí) olharam para a carrinha, testaram e disseram: pois, não liguem a isto, é só um defeito no sensor! E assim começaram as nossas 4 horas de viagem até Milford Sound...

O caminho em si já é o programa do dia. Foram as paisagens mais deslumbrantes que vimos na vida e nenhum conjunto de palavras vai conseguir descrevê-lo. A cada 20kms há um lookout diferente com vistas para as florestas, ou para as montanhas, ou pra rios, ribeiras, lagos, para paisagens secas, para paisagens vivas, etc a cada metro que nos aproximamos desta aldeia na terra dos fiordes as vistas melhoram!

 
 
 Quando chegamos ao tão esperado sitio reparamos que não era uma aldeia mas apenas um conjunto de 3 edificios: centro de informações, lodge e um wharf station. Tudo o resto era o mais próximo to wild nature as possible. Compramos os bilhetes para o “discovery nature” boat trip e lá fomos nós por duas horas e meia. 
 
O pequeno barco encarnado não estava nem cheio nem vazio. As idade das pessoas variava entre uns 22 e 32 talvez e eram todos impecáveis. O tempo estava impecável mas quando vem sol, vem vento, e o resultado é um frio indescritivel (apesar de umas bifas andarem de calções). Casacos, gorros e cachecol vestidos, o barco partiu. A viagem fica relatada em fotografias e só podemos confirmar que ver focas e piguins de tão perto, “tomar banho” de cascatas e ver picos tão grande à nossa volta tão naturais fez com que tivéssemos a certeza que tivesse sido esta a melhor viagem de sempre!
 

Fact 1: O Captain Cook foi o primeiro a passar por lá mas não desembarcou porque achou que era só uma pequena e insignificante baía.

Fact 2: As focas que vimos eram adolescentes e tinham sido espulsas da colonia. Agora este ano voltam menos imaturas, grunhem um bocado mais alto, e ganham espaço na colonia outra vez, com direito a 17 namoradas cada um!

Fact 3: As camadas das montanhas são 5 camadas de épocas glaciares diferentes!

Acabada a volta de barco subimos à procura de espaços destinados para camping naquela zona, completamente into the wild. 

 Acabamos por passar a noite numa baía em frente a um lago com montanhas à volta, apenas com mais 2 campervans na área. Cozinhamos salsichas (das boas!!!) com feijão e good night milford...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

2nd Day - Mount Cook and Queenstown

Acordar de manha debaixo de 20 e tal graus com um lago daqueles à nossa frente é a razão porque gostamos tanto de acampar! Torradas com peanut butter and jelly e um copo de leite depois rumamos ao Mt Cook. 
Esta zona por um lado é um bocado inóspita, por outro até é engraçada. A vila junto ao Mt Cook está toda virada para a escalada e para o ski. Aproveita-mos para ver um museu pequeno que mostrava a  historia do alpinismo, topografia e fauna da montanha. 
Ficamos a saber que os primeiras pessoas a subir ao pico da montanha foram uns irmãos locais que mal souberam que o alpinista Edmond Hillary (primeira pessoa a subir o Evereste) ia tentar escalar, anteciparam-se e onde muitos falharam, eles conseguiram. Poucos anos depois, em 1910, subiu a primeira mulher, a Australiana Freda Du Faur. Enquanto andávamos nós os portugueses a implantar a republica, estava uma mulher a subir ao cume do Mt Cook!
Aproveitamos a inspiração e fomos fazer dois trekkings aqui, um para ver as montanhas e outro para ver os lagos e o glaciar. O sol fortíssimo e um calor insuportável mas lá subimos uma data de calhaus para ver o glaciar que infelizmente está cada dia mais pequeno. Aqui conhecemos uma senhora que lá tinha ido a primeira vez nos anos 70 onde o glaciar era gigante e onde tinha tomado banho nos lagos enormes que agora são quase pequenas poças. Nada comparado com o nosso querido Lake Tekapo que tanto nos tinha impressionado no dia anterior.
 A meio da tarde tivemos de nos meter a caminho again, desta vez para sul. Passamos por paisagens muito castanhas, picos cheios de neve, autenticas florestas tropicais, rios com pessoas em busca de ouro, mais lagos e muitas vinhas. 3h30 depois estávamos a entrar em Queenstown!
 
Para quem achava que Sydney era A cidade que MAIS respirava qualidade de vida, estava enganado. Esta vila que também foi construída em volta de uma baía tem uma cintura de montanhas altíssimas onde se faz ski durante o inverno, tem uma praia de cidade de água puríssimas (só tem 130.000 habitantes), todos os edifícios são de boa construção, as pessoas aparentam estar felizes e tem mil actividades na baía tais como a canoagem e o rafting entre muitos outros. Passeamos pela cidade sempre pela sombra visto não aguentarmos mais com sol na cara e há hora de jantar viemos para o camping. 
 Fact 1: Apesar de ainda não ser verão, só ás 9.30pm é que fica escuro! Assim o dia fica mesmo muito comprido e dá para fazer muita coisa!

Fact 2:  A cidade começou quando dois exploradores ingleses começaram a explorar os terrenos para cultivo. Poucos anos depois descobriu-se o ouro e os terrenos encheram-se. Em outros poucos anos o ouro acabou e desde então tem-se investido em turismo de verão e inverno!