Dia de natal. Sao 8am e temos de nos levantar. Ja è tarde, mas a noite foi longa. Passamos a Consoada com amigos em casa da Sofia e Pedro Carrilho, sentados a uma mesa de 15 pessoas, empenhados em acabar um bacalhau com batatas no forno de chorar por mais, e 8 (sim, oito) sobremesas de natal! Abrimos os presentes à meia noite, e viemos para casa carregados de embrulhos para o Duarte e Tomás abrirem no dia seguinte.
Mas agora temos de levantar-nos e fazer as famosas panquecas de dia 25 de Dezembro, tradicao que comecou ha 5 anos quando passàmos o primeiro natal longe da familia e Portugal. Farinha, ovos e leite na batedeira e a Marta e o Tiago já estão na cozinha a ajudar. Tudo á mesa, cheiro a café no ar, panquecas com morango, banana, framboesas, maple syrup, e chocolate a serem devoradas, e estamos prontos para os presentes.
È o primeiro natal do Tomás e apesar de não estar interessado em abrir os embrulhos, ja brinca com a bola ainda embrulhada. Depois de ter insistido que so queria que recebessem 2 presentes cada um.... Vieram os amigos Australianos e amigos de visita estragar tudo e mimá-los de legos, caixas de crafts, roupa, livros, ukulele, comboios, etc pegámos em 2 brinquedos de cada um, carregámos o carro até ao topo, e partimos estrada fora. Está sol e 30 graus, condicões perfeitas para acampar!
A estrada está vazia e fazemos mais de metade do caminho um ápice, sempre dentro dos limites de velocidade não fossemos nós receber uma multa de presente de natal. Quilometro 200, Continua quente mas o cėu encobriu. Quilometro 220, chuviscos atė sabem bem. quilometro 230, chuva torrencial com trovoada e relãmpagos tal qual filme americano. Um carro encosta, 2...3...4... A estrada está vazia ou somos nòs que já não os vemos? Visibilidade a 5% encostamos debaixo de um telheiro de um McDonalds fechado, o parque está cheio apesar da cadeia de fast food fechar no natal. Esperamos 20 minutos, assistimos a criação de rios, vemos a eletricidade da terriola ir ao ar e ficarmos sem traffic lights, e seguimos caminho.
Que bom que é chegar ao camping! Que mau que é montar o nosso Taj Mahal debaixo de chuva... Diz o Pedro. Em 5 minutos tinha dois exemplares do sexo masculino a ajudá-lo a montar a tenda, debaixo de chuva, sempre com uma cerveja numa mão. É nestas alturas que tiro o chapeu a esta população que está sempre pronta a ajudar a comunidade onde estar inseridos, seja no dia a dia, seja de férias. Nem uma hora depois estavamos com os três quartos de pé, a encher a nossa aerobed atraves do nosso carro, travel cots montados, e ás 9pm estamos todos deitados, a ouvir a chuva lá fora, felizes com o nosso dia de Natal.
Agora é sonhar com o dia de amanhã. Feliz Natal ❤️